São necessárias 45 mil novas moradias em Ribeirão Preto para equilibrar o déficit habitacional na cidade. A estimativa é de Joel Nascimento Ludovico Romualdo, presidente da Mater Movimento de Moradia Aguia e Terra, entidade que atende a população carente do município e leva em consideração, além do registro de pessoas interessadas em imóveis nas companhias Habitacional Regional (Cohab -RP, municipal) e de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU, estadual), as pessoas que vivem em áreas insalubres ou de risco, as famílias que pagam aluguel ou “vivem de favor” ou residem em locais cedidos por parentes e amigos.
“Essas 45 mil moradias seriam necessárias para equilibrar a demanda. Nossas estimativas são maiores porque não levamos em consideração apenas as famílias que registram a intenção de adquirir o imóvel”, ressalta Romualdo.
A Mater é uma entidade de ação local, regional e nacional, fundada em 15 de junho de 2014, sem fins lucrativos. “Nós provocamos o governo. Os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, fazendo entender que as pessoas têm direito às moradias, como está previsto na Constituição”, diz o presidente, que explica que essa provação pode ser por meio de reuniões, tratativas, acordos ou mesmo ações judiciais.
“A Mater em Ribeirão Preto protagonizou ações que beneficiaram milhares de pessoas. São, por exemplo, casos de famílias que foram removidas do entorno do Aeroporto Leite Lopes e encaminhadas para os bairros Eugênio Mendes Lopes. Inclusive lá tem um conjunto que eles fizeram uma homenagem para a gente, ficando conhecida como ‘Vitória do Joel’, em sinal de reconhecimento. Temos também famílias que foram para o Paiva e pessoas que foram contempladas com o Minha Casa, Minha Vida, mas essas foram poucas, por conta das exigências do programa”, contabiliza o líder comunitário que além da Mater, é titular do conselho de moradia de Ribeirão Preto. A entidade atende na Zona Norte da cidade, na rua Virgílio Antônio Simionato nº 550, Parque Avelino Alves Palma, na Zona Norte.