No último final de semana do mês, a Cia. Minaz vai apresentar sua nova montagem, “A farsa da boa preguiça”, baseada na obra homônima de Ariano Suassuna (1927- 2014), espetáculo escrito com base em histórias populares nordestinas. A direção cênica é de André Cruz e a artística, de Gisele Ganade, com figurinos de Simone Amoreira e cenário e iluminação de Ivo Rinhel D’Acol.
No elenco estão os solistas Luis Felipe Souza, Ozório Christovam, Igor Lourenço, Marcos Pinafo, Gabriela Momesso, Andrei Frateschi, Luara Pepita, Gisele Ganade, Alexandre Galante e Sasha Ganade. A farsa baseia-se em várias histórias tradicionais de mamulengo, o macaco que perde e ganha após várias trocas, o homem que perde a cabra, “São Pedro e o queijo” e também “O rico avarento”.
Para Suassuna, “o único verdadeiro objetivo do trabalho é a preguiça que ele proporciona depois, e no qual podemos nos entregar à alegria do único trabalho verdadeiramente digno, o trabalho criativo, livre e gratuito…” Os poetas e os artistas têm a sorte de poder unir o trabalho escravo e o trabalho criador numa só atividade, e é isso que mostra na peça através do personagem Joaquim Simão, o poeta preguiçoso que vive com a mulher e os filhos no sertão, sempre em dificuldades.
“A farsa da boa preguiça” foi escrita por Ariano Suassuna em 1960 e encenada pela primeira vez pelo Teatro Popular do Nordeste (TPN), com direção de Hermilo Borba Filho, em 1961. Depois do sucesso obtido com “O Auto da Compadecida”, em 1957, o autor manteve a estética, aproximando elementos da cultura nordestina com a Florença e a Roma medievais. Também aprofun-dou sua proposta de buscar na cultura popular a fonte para um teatro erudito brasileiro, ao mesmo tempo que retomava a crítica social.
“A farsa da boa preguiça” será apresentada às 20h30 de sábado, 29 de setembro, e às 19 horas de domingo (30), no Teatro Minaz, na rua Carlos Chagas nº 273, Jardim Paulista. Os ingressos custam R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada ou antecipado) no Setor A e R$ 20 e R$ 10 (meia ou antecipado) no Setor B. Estão à venda na sede da companhia, no número 259 da mesma rua, e no site Ingresso Rápido (www. ingressorapido.com.br).
A meia-entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professores da rede pública (municipal e estadual) com apresentação de holerite ou documentação e aposentados, idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cédula de identidade, RG), pessoas com deficiência, jovens de baixa renda, coordenadores pedagógicos e supervisores. Informações pelo telefone (16) 3941-2722.
A Cia. Minaz
A Cia. Minaz iniciou as atividades em 1990, quando foram definidos, além dos objetivos básicos, as obras que mais se identificavam com estes, guardando, em si, condições de realização dentro da estrutura disponível. Em agosto de 1990, em Campinas, começaram os trabalhos de montagem da ópera bufa “La Serva Padrona” de Giovanni Battista Pergolesi (1710- 1736), que estreou em 11 de novembro do mesmo ano no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, apresentando-se nas cidades de Americana, Campinas e Araraquara.
Em dezembro do mesmo ano, foi lançado o projeto de montagem da ópera “A Flauta Mágica”, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), que previa, além da montagem completa da ópera, a realização de um espetáculo direcionado a crianças. Com este projeto, a Cia. Minaz conquistou o “Prêmio Estímulo”, da Secretaria Municipal de Cultura de Campinas, em janeiro de 1991, estreando sua montagem em abril do mesmo ano no Teatro Castro Mendes.
Dando continuidade às intenções básicas do Projeto Ópera Minaz, já com sua sede em Ribeirão Preto, foram criados o Coral Minaz em 1992, os Meninos Cantores em 1996 e o Madrigal Minaz em 2005. Os integrantes do Coral Minaz realizam sua formação vocal na Cia. Minaz, desenvolvendo técnica e repertórios individuais, sob a orientação de nossos professores, vários deles atuando como solistas em recitais, óperas, ópera estúdio e concursos de canto, tendo os jovens cantores do grupo iniciado seus estudos de música, de canto e repertório no coral dos Meninos Cantores da Cia. Minaz, coral Pré-Juvenil e Juvenil, um grande berço de vozes.