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O relojoeiro jurista
Um jovem mineiro de Uberaba veio a Ribeirão Preto para montar banca de advogado depois de formar-se naquela cidade que for­mou muitos profissionais da área juridica , quando não possuía­mos a Unaerp, a primeira FFaculdade de Direito de Ribeirão Preto. O advogado era fluente , inflamado sempre e fazia júri popular como ninguém. Também junto à sociedade sempre se mostra­va interessado em participar das discussões dos problemas da comunidade. Acabou sendo eleito vereador e montou a COMAP ( Comissão Municipal de Abastecimento e Preço). Nos programas da PRA 7 em que as maiores autoridades analisavam as linhas mestras do futuro da cidade , sempre esteve presente e grandes debates fazia com outro grande tribuno que foi vereador,vice pre­feito e deputado estadual Orlando Jurca.O programa era o Centro de Debates Culturais.

Antonio Rios Neto
O jovem mineiro , bom de tribuna, era Antonio Rios Neto. Polê­mico mas bom advogado sempre tinha “ um coelho na cartola” para sensibiiilizar aos jurados . Era enfático na tribuna e de­monstrava seus conhecimentos e citava a bibliografia em que se baseava para seus conceitos profissionais.

O argumento que curvou o promotor
Em um júri popular em que atuou , Rios Neto assumiu a defesa de um preso que poucos teriam coragem de defender. Havia come­tido um crime que a sociedade não havia acompanhado o desen­rolar dos acontecimentos através dos jornais Diário de Notícias, A Cidade e Diário da Manhã e dos ficaram abismados com o ma­rido que javia colocado fim à vida da esposa por discordâncias do lar. O advogado elaborou uma linha de defesa e a seguiu firme, com voz tronitroante com palavras que ecoavam pelas paredes do Forum da rua Cerqueira Cesar. Citava o autor dos livros em que retirava as citações enfatizando o nome do autor russo Populov. E era Populov daqui, Populov de lá sempre na sua linha de defesa e dentro do interesse da sua argumentação.

Réu absolvido
Por unanimidade os jurados absolveram o réu, o que todos con­sideravam como impossível.Abraços, cumprimentos. O réu saiu para as formalidades legais e o advogado, homem grande, braços abertos, foi cumprimentar o Promotor que estava entre encabu­lado e interessado em saber sobre o autor dos livros cujos argu­mentos haviam feito grande sucesso.

Conversa particular
O Promotor Publico o chamou de lado e lhe perguntou : “Dou­tor, gostaria de saber sobre este autor que o senhor citou e cuja sabedoria jurídica foi base de sua vitória”. O advogado com um sorriso maroto lhe respondeu : “ O responsável pelos livros é este meu relojoeiro, Popolov, que inventei as estória de um livro para que ele ficasse contente por eu reconhecê-lo”. Naqueles tempos, poucos ficaram conhecendo este fato, mas foi mais um sucesso do grande advogado que na sua provecta idade voltou para Ube­raba e encerrou suas atividades.Muitos continuam procurando os livros de Popolov até hoje.

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