Em média, idosos caminham mais lentamente, têm menor força muscular, habilidades mnemônicas e de raciocínio empobrecidas e são mais lentos para responder ao processamento de tarefas cognitivas quando comparados a adultos jovens e a si próprios quando jovens. Funcionamento físico e cognitivo são indicadores de envelhecimento biológico, ou seja, a incapacidade progressiva generalizada de funcionamento que ocorre quando as pessoas envelhecem. O processo de envelhecimento é frequentemente caracterizado por uma perda de resposta adaptativa aos desafios da vida e uma crescente vulnerabilidade às doenças associadas a idade e às limitações funcionais.
Em relação à cognição, a inteligência fluida, ou seja, a habilidade para aprender processos novos, e formar novas memórias, tem se mostrado declinar desde a maturidade resultante do envelhecimento normal. Quando as pessoas envelhecem, algumas vivenciam declínios anormais no funcionamento físico e cognitivo que aumentam o risco de dependência e morte prematura. Há, todavia, notáveis diferenças individuais nas taxas de declínio associadas à idade e, também, na idade na qual esses declínios começam a acelerar.
Alguns pesquisadores argumentam que isto seja devido a um processo biológico comum subjacente aos declínios relacionados à idade, tanto no funcionamento físico quanto cognitivo. Num estudo publicado na revista Epidemiologic Reviews (2013: 24), pesquisadores conduziram uma revisão sistemática da pesquisa publicada entre 2000 e 2011 para avaliar as relações entre as taxas de mudança no funcionamento físico e cognitivo em idosos. O funcionamento físico foi avaliado usando medidas objetivas, tais como, velocidade de caminhar, a força muscular, tempo de permanência na cadeira, tempo de repouso e uma medida composta do funcionamento físico. A cognição foi mensurada usando exames do estado mental, inteligência fluída e diagnóstico da incapacidade.
Os resultados dependeram do tipo de medida, indicando que mudanças na força muscular foram mais fortemente correlacionadas com o estado mental enquanto mudança na velocidade de caminhar foi mais correlacionada com mudanças na inteligência fluída. Este padrão de resultados sugere que examinando o funcionamento físico e cognitivo é possível ajudar clínicos e pesquisadores a identificar melhor indivíduos e grupos que estão envelhecendo diferentemente e em taxas desiguais. Ademais, eles devem examinar cuidadosamente as relações entre os mais diversos tipos de medidas e analisar a ordem em que os declínios relacionados à idade ocorrem.
Permanecer alerta e manter-se fisicamente capaz são fatores importantes para um envelhecimento saudável e manutenção da independência funcional. Envelhecer com dignidade é uma forma inteligente de ser útil para a sociedade.