O candidato à Presidência da República pelo PSDB e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, criticou posicionamentos ideológicos de Jair Bolsonaro (PSL) e disse que o adversário é um “passaporte para a volta do PT” ao poder. A declaração foi dada durante sabatina de UOL, Folha de S.Paulo e SBT nesta terça-feira (11).
Alckmin iniciou a fala sobre Bolsonaro afirmando ser solidário ao concorrente e condenando novamente o ataque a faca sofrido pelo deputado na última quinta (6) em Juiz de Fora, Minas Gerais. Porém, em seguida, ressaltou ter total discordância às propostas de Bolsonaro e disse que o rival não apresentou “nenhum projeto praticamente de interesse público” ao longo dos sete mandatos como deputado federal.
“Você vai ver que os votos foram sempre juntinhos com o PT. Aquela coisa corporativa, atrasada, que não confronta a corporação. Ele votou contra o [Plano] Real, contra a quebra do monopólio do petróleo, contra a quebra de monopólio do petróleo, contra a quebra de monopólio de telecomunicações, contra cadastro positivo”, disse.
Ele então citou a pesquisa Datafolha divulgada na noite desta segunda-feira (10), em que Bolsonaro mantém a liderança da corrida presidencial com 24%, mas, nas simulações de segundo turno, perderia para todos os demais concorrente. Em um eventual confronto com Haddad, entretanto, há um empate técnico no cenário de segundo turno, com o petista numericamente à frente.
Haddad candidato
A confirmação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como o substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT põe fim à “enganação” que o partido vem fazendo há meses, afirmou nesta terça-feira, 11, o candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin.
“Parou a enganação. É inacreditável o que o PT fez, esse tempo todo sabendo que o Lula não ia ser candidato, ficou com essa enganação com dois objetivos: primeiro, vitimização; segundo proteger o Haddad, porque quando vira candidato, fica sujeito à transparência absoluta.”