Tribuna Ribeirão
Economia

Prévia da inflação recua para 4,05%

Após os dados mais recentes sobre o comportamento dos pre­ços, que apontaram deflação em agosto, os economistas do merca­do financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 10 de setembro, pelo Banco Central mostra que a mediana para o indexador, que baliza as decisões de política monetária, re­cuou de 4,16% para 4,05%.

Há um mês, estava em 4,15%. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,11%. Quatro semanas atrás, estava em 4,10%. O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,92% para 3,87%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,93%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está den­tro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tole­rância de 1,5 ponto percentual (ín­dice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%).

Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Na última quin­ta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE) anunciou deflação de 0,09% em agosto. Com isso, a inflação no ano até agosto atingiu 2,83%. Em 12 meses, o IPCA subiu 3,64%.

No Focus, entre as institui­ções que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no mé­dio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 foi de 4,14% para 4,06%. Para 2019, a estimativa do Top 5 foi de 4,17% para 4,10%. Quatro sema­nas atrás, as expectativas eram de 4,16% e 4,20%, respectivamente. No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

Setembro
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para a inflação em se­tembro de 2018, de 0,23% para 0,24%. Para outubro, a projeção seguiu em 0,30% e, para novem­bro, permaneceu em 0,30%. Há um mês, os percentuais eram de 0,29% e 0,30%, respectivamente. No Focus desta segunda-feira, a inflação suavizada para os próxi­mos 12 meses foi de 3,75% para 3,89% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,66%.

Preços administrados
O Relatório de Mercado Fo­cus indicou a manutenção na projeção para os preços adminis­trados em 2018. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano seguiu com alta de 7,20%. Para 2019, a mediana passou de elevação de 4,77% para alta de 4,80%. Há um mês, o mercado projetava aumen­to de 7,00% para os preços admi­nistrados neste ano e elevação de 4,72% no próximo ano. As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 7,2% em 2018 e 4,6% em 2019. Es­tes percentuais foram informados no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em junho.

Crescimento
A expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB_ – soma de todas as riquezas pro­duzidas no País – este ano passou de 1,44% para 1,40%. Há quatro semanas, a estimativa era de cres­cimento de 1,49%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%, igual ao visto quatro semanas atrás.

No fim de julho, o BC reduziu sua projeção para o PIB em 2018, de 2,6% para 1,6%. A instituição atribuiu a mudança na estimativa à frustração com a economia no início do ano. No fim de setem­bro, foi a vez de o IBGE informar que o PIB cresceu apenas 0,2% no segundo trimestre, em função dos efeitos da greve dos caminhonei­ros ocorrida em maio e junho. No primeiro semestre, a alta acumu­lada foi de 1,0%.

Selic
Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas pro­jeções para a Selic (a taxa básica de juros) para o fim de 2018 e de 2019. A mediana das previsões seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano, igual ao verificado há quatro se­manas. No caso de 2020, a proje­ção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, também permaneceu em 8,00%. Há um mês, os percen­tuais projetados eram de 8,00% para ambos os anos.

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