Um dos negociadores da bolsa, Andrew Left, está processando a Tesla e Elon Musk, CEO da empresa, acusando o executivo de fraudar o anúncio de que a montadora sairia da bolsa de valores. Left afirma que esta foi uma manobra de Musk para fazer com que os “short-sellers” vendessem suas ações.
Os “short-sellers” são investidores que trabalham com compra e venda rápida de ativos. Geralmente, tais pessoas vendem suas ações quando acham que o papel está superfaturado e recompram em baixa, lucrando com a diferença.
Musk recorrentemente critica este tipo de investidores, os quais não costumam ter uma ligação direta com a empresa e suas ações.
Segundo Left, a movimentação de Musk fez as ações da empresa terem um pico anormal, o que instigou tais investidores a vender todos seus papéis. “Ele nos fez acreditar que as ações iriam cair logo em seguida”, escreve Left na sua acusação.
No fim, ele acusa Musk de ter manipulado o preço das ações da empresa “no período entre 7 de agosto a 17 de agosto”. A informação de que a Tesla sairia da bolsa fez com que as ações subissem 11% naquele dia.
Entenda o caso
No começo de agosto, Musk publicou em seu perfil pessoal no Twitter que “considerava” fechar o capital da Tesla, elevando as ações para US$ 420. Na época, Musk informou que tinha “fundos garantidos” para elevar as ações a este preço.
No último dia 27, contudo, ele informou que após problemas internos e conversa com acionistas, chegou à conclusão de que é melhor desistir da ideia e manter a empresa na bolsa. Com isso, as ações da fabricante caíram 5%.
Tal ação fez com que a Tesla passasse a ser investigada também pela Securities and Exchange Comission (SEC), órgão americano regulador da bolsa, passou a investigar a companhia — que ainda segue em momento de estudos sobre esta movimentação.