O homem que deu uma facada em Jair Bolsonaro enquanto o candidato a presidente do PSL fazia campanha em Juiz de Fora (MG) e identificado pela Polícia Federal como Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, afirmou, na hora em que era conduzido pelos policiais, estar cumprindo uma “ordem de Deus”.
A informação é de Luis Boundens, presidente da Federação dos Agentes da Polícia Federal, a Fenapef. Ele conversou com seus colegas que estavam no local do ataque e não só tiveram de prender o agressor como conter a multidão que tentou linchá-lo após o ataque. “Os colegas disseram que ele imediatamente começou a dizer que estava em missão divina, o que levou o pessoal a temer pela integridade psicológica dele”, disse Boudens.
Bolsonaro fazia um ato de campanha nos arredores do Parque Halfeld, local de grande concentração popular no centro de Juiz de Fora, no momento da agressão, e foi levado imediatamente para a Santa Casa da cidade. Ele estava nos ombros de apoiadores quando foi atacado. O candidato usava colete à prova de bala, segundo os policiais, e tinha em sua escolta quatro agentes da Polícia Federal. Segundo o presidente da Fenapef, Bolsonaro cumpria as recomendações de segurança dos agentes.
Na Santa Casa de Juiz de Fora, Bolsonaro passou por uma laparotomia exploradora, para identificar a extensão das lesões, segundo um dos médicos da equipe. Esse procedimento é adotado porque os exames de tomografia e ultrassonografia revelaram que a facada atingiu alças dos intestinos grosso e delgado e a artéria mesentérica (responsável pela irrigação sanguínea de parte do pâncreas, todo o intestino delgado (exceto parte do duodeno), e de parte do intestino grosso. Todas as lesões foram suturadas e não havia mais sangramento. Bolsonaro também recebeu duas bolsas de sangue.