Uma conjunção de fatores levou o mercado de câmbio a um movimento significativo de desmontagem de posições em dólar, que começou pela manhã e ganhou fôlego extra na tarde desta sexta-feira, 31 de agosto. O cenário externo menos avesso ao risco somou-se a uma perspectiva mais otimista em relação ao cenário eleitoral doméstico, o que se traduziu em queda de 2,15% do dólar à vista, que terminou o dia cotado a R$ 4,0646.
Apesar da queda de 1,00% no acumulado da semana, o dólar à vista encerrou o mês de agosto com valorização de 8,23% ante o real, maior variação mensal desde setembro de 2015. A moeda norte-americana acumula no ano uma alta de 22,86%. A alta foi justificada pelo aumento das incertezas quanto ao cenário eleitoral doméstico, em meio aos ruídos nas relações comerciais dos Estados Unidos e as crises cambiais na Turquia e na Argentina. Antes que o dólar atingisse seu maior valor nominal desde o Plano Real, anteontem, o Banco Central voltou a ofertar contratos de swap cambial, o que contribuiu para a queda da moeda nas duas últimas sessões.