Tribuna Ribeirão
Política

Operação Sevandija – Liminar não tira Santos da cadeia

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu a liberda­de provisória ao ex-secretário mu­nicipal da Administração, Marco Antonio dos Santos, mas ele con­tinuará preso – foi detido em mar­ço do ano passado. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira, 30 de agosto, pelos desembargadores da 8ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, que no dia 16 atende­ram ao pedido feito pela defesa de outros réus da ação penal que investiga um suposto esquema de fraudes em licitações, pagamen­to de propina e apadrinhamento político por meio de terceirização de mão de obra na Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) para a Atmosphera Construções e Em­preendimentos.

Santos continuará preso por­que é réu nas outras duas ações da Operação Sevandija, a dos honorários advocatícios e a que investiga fraude em licitações e pagamento de propina no De­partamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto. Em meados do mês, o TJSP mandou soltar o ex -presidente da Câmara de Vere­adores, Walter Gomes (PTB), o ex-secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, o ex-superinten­dente da Coderp, Davi Mansur Cury, e Sandro Rovani, ex-advo­gado do Sindicato dos Servido­res Municipais (SSM/RP), que segue detido por estar na mesma situação do ex-homem-forte do governo Dárcy Vera (sem parti­do) – há mais dois mandados de prisão contra a dupla.

Na época, a argumentação dos desembargadores para conceder a liberdade foi o excesso de prazo na prisão preventiva dos réus, que ainda não foram julgados. Tam­bém consideraram a suspensão do processo da Atmosphera pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em abril deste ano, atendendo pedido da defesa do ex-secretário da Educação, Ângelo Invernizzi Lopes. Que já cumpre prisão do­miciliar. Na época, a defesa alegou que por se tratar de recursos fe­derais o processo da Atmosphera deveria ser remetido para a Justiça Federal. O STJ ainda não mar­cou data para a deliberação desse processo. Todos os réus negam a prática de crimes e dizem que vão provar inocência.

Gomes, Luchesi Júnior, Davi Cury e Lopes são réus no proces­so que aponta para um esquema envolvendo a Coderp, a prefeitura e a terceirizada Atmosphera, de Marcelo Plastino, que cometeu o suicídio em novembro de 2016. Eles não podem sair de casa à noite ou deixar a cidade sem autorização do juiz Lúcio Alber­to Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Pre­to, onde tramitam as ações da Se­vandija. Os passaportes do grupo foram retidos.
Além de Walter Gomes, mais oito ex-vereadores são réus nesta ação penal: Cícero Gomes da Silva (MDB), José Carlos de Oliveira, o Bebé (PSD), Antonio Carlos Capela Novas (PPS), Genivaldo Gomes (PSD), Maurílio Romano (PP), Samuel Zanferdini (PSD), Evaldo Mendonça, o Giló (PTB, genro da ex-prefeita Dárcy Vera) e Saulo Rodrigues (PRB, o Pastor Saulo). Todos os acusados negam a prática de atos ilícitos.

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