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Câmara revoga multa por abstenção

A Câmara de Ribeirão Pre­to revogou nesta quinta-feira, 30 de agosto, os parágrafos 1º e 2º do artigo 161 de seu Regi­mento Interno (RI), que deter­minava o desconto de 12% no subsídio do vereador quando ele estivesse presente na sessão e saísse do plenário sem justi­ficativa ou deixasse de votar algum projeto. A penalização foi extinta.

O projeto de resolução que extinguiu a multa foi elabora­do pela Mesa Diretora da Casa de Leis – presidida por Igor Oliveira (MDB) e que conta com os vices Orlando Pesoti (PDT) e Alessandro Maraca (MDB) e pelos secretários Lin­coln Fernandes (PDT) e Fabia­no Guimarães (DEM).

A revogação proposta pela Mesa Diretora da Câmara teve como argumento jurídico a in­constitucionalidade. Segundo a justificativa, os dois artigos feriam o principio do vereador de abster-se de votar. Destaca também outro artigo, o 196 do Regimento Interno do Legisla­tivo, para explicar a decisão.

O tópico garante ao parla­mentar o direito de “poder optar por abster-se de votar”. Todos os vereadores que estavam no plenário (24) votaram pela revo­gação. Gláucia Berenice (PSDB) estava viajando a trabalho e Ber­tinho Scandiuzzi (PSDB) se­gue afastado por licença médi­ca. Já o presidente Igor Oliveira só vota em caso de empate.

A exigência do desconto es­tava valendo desde novembro de 2015, mas não era obedecida pela Câmara que argumentava possível inconstitucionalidade e ausência de regulamentação quanto ao direito de obstrução dos parlamentares. Naquele ano, quem propôs a penaliza­ção foi Scandiuzzi.

Ele reclamava que não con­seguia aprovar projetos, con­vocar secretários ou instaurar Comissões Parlamentares de Inquérito para investigar even­tuais irregularidades do Exe­cutivo, graças a estratégias da base da então prefeita Dárcy Vera na Câmara. Para impedir a aprovação das propostas da oposição, os aliados abando­navam o plenário.

O Observatório Social de Ribeirão Preto (OBSRP) co­brava o desconto de 12% do salário dos vereadores que não votavam projetos e agora es­tuda a divulgação de nota de repúdio contra a revogação. A entidade fez um levanta­mento das 105 sessões reali­zadas no ano passado e quais os parlamentares deixaram de votar, mesmo estando pre­sentes à sessão.

Além de enviar o relatório para cada vereador solicitando que eles se manifestassem den­tro do prazo de 30 dias a par­tir do recebimento, a entidade protocolou documento exigin­do investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O pedido foi repassado para o Ministério Público Estadual (MPE), na figura do promotor Cidadania, Sebastião Sérgio da Silveira, que vai solicitar infor­mações à Câmara.

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