O Ministério do Planejamento informou que os bancos privados – Bradesco, Itaú, Santander, Bancoop – vão fazer o depósito automático dos recursos dos programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) a que os correntistas tiverem direito. Segundo o órgão, com a prática já adotada pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal, nove milhões de trabalhadores vão ter R$ 8 bilhões depositados automaticamente nas contas.
Os bancos vão ter que verificar se os correntistas movimentaram essas contas nos últimos seis meses, para evitar o depósito em contas que não são mais acessadas. Além disso, o pagamento não poderá ser feito em contas negativadas, que teriam os recursos automaticamente “sequestrados” para o abatimento de débitos.
Desde o início da flexibilização do acesso aos valores em outubro de 2017, foram sacados R$ 13,779 bilhões por 13 milhões de pessoas. Isso corresponde a 45,5% dos cotistas do PIS/Pasep. Somente em agosto deste ano, 8,2 milhões de trabalhadores efetuaram resgates, que alcançaram R$ 7,2 bilhões até o dia 19. Segundo cálculos do Ministério do Planejamento, a cada R$ 20 bilhões liberados, há um impacto de 0,3 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB).
O Planejamento detalhou ainda que continuam disponíveis R$ 28,4 bilhões no fundo, correspondentes aos 15,6 milhões de cotistas que ainda não fizeram o resgate. Desse total que ainda resta no fundo, R$ 10,7 bilhões se referem aos 7,8 milhões de trabalhadores com menos de 60 anos que têm até o dia 28 de setembro para realizarem os saques. Segundo o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, é muito “improvável” que esse prazo seja adiado porque seria preciso uma mudança na lei, o que é muito difícil de acontecer nesse período pré-eleitoral.