O comando do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar informou ao Tribuna que não existe nenhum estudo para criação de uma “unidade caipira”. Segundo o major Valmor Saraiva Racorti, o esquadrão antibombas tem capacidade para atuar em qualquer parte do Estado de São Paulo com apoio do Grupamento Aéreo da PM. Ele não informou se, no futuro, esta posição poderá ser revista pela corporação.
A manifestação do Gate é uma resposta ao questionamento feito pelo Tribuna depois da aprovação, na sessão de 23 de agosto da Câmara de Vereadores, de indicação apresentada por Alessandro Maraca (MDB) endereçada à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSp-SP) em que propõe a criação de uma unidade do Gate em Ribeirão Preto.
Segundo a justificativa, os dados da SSP-SP apontam aumento nos casos de roubos e furtos em Ribeirão Preto em 2018, incluindo os crimes contra o transporte de cargas, roubos a bancos, explosão de caixas eletrônicos e de carros fortes. Cita ainda que os bandidos estão cada vez mais armados, violentos, audaciosos e especializados. Além disso, ressalta que a cidade está a cerca de 320 quilômetros de distância da capital.
De acordo com o Gate, são oferecidos cursos de gerenciamento de crises, de negociação, de ações táticas e de primeiras intervenções em explosivos na sede do grupamento em São Paulo, abertos para todos os batalhões do interior. As vagas são distribuídas de acordo com critérios técnicos e por volume de ocorrências nos locais de maior incidência de crimes ou por área de menor número de policias que participaram do treinamento.
A pedido de algumas unidades do interior são ministradas instruções de nivelamento, como, por exemplo as que aconteceram no ano passado em São José do Rio Preto e também em Ribeirão Preto. O Grupo de Ações Táticas Especiais é subordinado à Polícia Militar do Estado de São Paulo. Criado em 1988, é a 2ª Companhia do 4º Batalhão de Polícia de Choque, que por sua vez está subordinado ao Comando de Policiamento de Choque. Atualmente possui cerca de seis equipes táticas, um esquadrão de bombas, além dos quadros de apoio.