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Recentemente divulgado, o Índice Global de Inovação, mostrou que entre os 126 países monitorados, o Brasil ocupa o 64º lugar, cinco posições a mais em relação ao ranking de 2017. Seria um destaque bem positivo, não fosse a distância que nos separa dos mais inovadores – Suíça, Holanda, Suécia, Inglaterra, Cingapura, Estados Unidos, entre outros. Consi­derando apenas 18 países da América Latina e Caribe, ocupa­mos o sexto lugar, atrás de Chile, Costa Rica e México.

Para os organizadores do estudo, o avanço brasileiro é resultado do esforço dos setores público e privado em inovar, garantindo a melhoria expressiva nos itens que são medidos para consolidar o índice, como gastos com pesquisa e desenvolvimen­to, incremento de importações e exportações de alta tecnologia, sofisticação dos produtos e serviços desenvolvidos, etc.
Mas ainda há uma longa jornada pela frente se queremos ser um país realmente inovador, competitivo e sustentável. O ponto de virada tem que se sustentar em pilares fortes, nos quais destacamos o investimento em tecnologia e a prioriza­ção na educação de alto nível desde o fundamental.

Esse é um desafio e tanto, que requer uma estratégia nacional de longo prazo. O Sebrae-SP está preparado para contribuir. No ano passado, o Conselho Deliberativo auto­rizou uma forte expansão de investimentos em educação empreendedora de qualidade.

O programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos, destinado a cultivar nos alunos do ensino fundamental o espírito empreendedor e inovador, vai chegar neste ano a 160 mil crianças e jovens de 6 a 14 anos, em mais de 130 muni­cípios do estado de São Paulo. Em 2017, quase 70 mil alunos foram beneficiados.

No ensino médio o programa Formação de Jovens Empre­endedores está levando educação empreendedora a milhares de alunos das redes pública e privada. E na Escola de Negó­cios do Sebrae-SP, mais de 1 mil alunos dos ensinos médio e superior estão recebendo conhecimento, na teoria e na práti­ca, sobre tudo que envolve a criação e gestão de um negócio de alto impacto.
Também iniciamos o Startup SP, um programa de pré-ace­leração para startups digitais, apoiando o processo de valida­ção das soluções apresentadas junto ao mercado de atuação e alavancando investimentos que possibilitem atuação efetiva no mundo dos negócios. Com início há menos de um ano, 80 startups já participaram de capacitação, mentorias e ações de prospecção de mercado e investidores. Com aumento de mais de 200% de clientes e de faturamento, o programa recebeu nota 9,5 dos participantes, com 100% de recomendação para outras startups digitais.

Em algumas regiões, como a de Piracicaba, o Startup SP es­pecializou-se em um determinado segmento. Berço do Agtech Valley, importante polo de empresas e instituições provedoras de soluções inovadoras para o agronegócio – o programa focou nas agtechs, tornando-se referência nacional para o próprio sistema Sebrae e federações empresariais de outros estados.
Certamente os próximos rankings vão retratar os resulta­dos dessas e de outras ações que integram o esforço de elevar o nível de competitividade brasileira no mercado global. Entretanto, mais importante é legar às gerações futuras um ambiente realmente propício à criação de processos inovado­res e integrados, garantindo soluções que façam a diferença no dia a dia das pessoas. Essa é a lição a ser replicada.

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