Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

A troca de votos por tênis
Quando da eleição de um Presidente de Alagoas, vários paren­tes de Collor foram distribuídos por Estados Brasileiros para que organizassem o apoio político “caçador de marajás”. Para Ribeirão Preto veio um seu primo que começou a “comer a sopa pelas beiradas”. Visitava os bairros e constatava s ne­cessidade da população mais carente atendendo a algumas necessidades pequenas em emergências, pois dinheiro não faltava aos recém-chegados políticos.

Pesquisa
Fizeram uma pesquisa para cooptar o eleitorado jovem e constataram que a grande vontade da meninada era ter um tênis que era um trunfo para conseguir uma namorada mais bonita. Milhares assim se pronunciaram e o candidato resol­veu atender à demanda político eleitoral e tentar arrebatar muitos votos na região que parecia ser muito “fechada”. Ele era candidato a vereador.

Contrato com fábrica de Jundiaí
Os auxiliares do político visitaram Jundiaí, ou cidade próxima, e encontraram uma fabrica de tênis que estava em situação pré-falimentar. Bingo. Fizeram um contrato para a fabricação de um tênis “meia boca”. Milhares de pares chegavam em Kombis fretadas para as viagens da fabrica para os bairros mais distantes. Foi um alvoroço, todos queriam o brinde.

Só um pé
O experiente político das Alagoas , no entanto, queria uma garantia dos votos dos jovens. Ele daria um pé do par de tênis e depois da eleição, quando estivesse eleito daria o outro. Fazia um relatório com nome, endereço, número do título e secção em que o eleitor votava e lá ia um pé de tênis para garantir o escambo.

Milhares de jovens vivos
Os jovens que recebiam os pés dos pares iam as suas comuni­dades e verificavam quem havia ganho o outro par. Um levava o esquerdo e outros tinham pés direito. Juntavam os dois tê­nis e faziam um acordo. Um dia um saia com o par e o outro no dia seguinte usava. Mesmo com números diferentes.

A chuva
Nas proximidades do dia em que os jovens deveriam votar caiu uma chuva copiosa que invadiu as ruas dos bairros e, por azar do candidato, as solas dos tênis começaram a se soltar. Filas foram formadas diante dos comitês do candidato e a reclamação era geral. Candidatos opositores aproveitaram-se da insatisfação dos jovens eleitores e fizeram denúncias ao Juiz Eleitoral que instau­rou um procedimento contra o comprador de votos.

Batalha campal
Alguns interessados em desqualificar o parente do Presiden­te começaram a fazer comícios, mesmo depois das eleições contra o candidato que havia ganho a eleição, mesmo com as solas descoladas. A Justiça não homologou sua candidatura e o suplente assumiu. Muitos jovens colaram as solas e con­tinuaram com o rodízio do tênis: um dia um usava o outro dia o amigo ia namorar com o presente, de cola nova. Muitos se casaram com o mimo eleitoral. O tal de candidato das Alagoas voltou para seu estado natal de urnas abanando.

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