Tribuna Ribeirão
Política

Oliveira Júnior – Ex-vereador está foragido há 1 ano

Neste sábado, 25 de agosto, faz um ano que o ex-vereador Élio Aparecido de Oliveira Jú­nior está foragido da Justiça. Cassado em outubro de 2011 pela Câmara de Ribeirão Preto por quebra do decoro parla­mentar, ele foi condenado, em fevereiro de 2015, a 20 anos de prisão acusado de ser mandante de um assassinato e uma ten­tativa de homicídio, doze anos atrás, em 2006, quando era vice -prefeito de Itu.

Ele desapareceu depois de ter prisão decretada e entrou na entrou na lista federal de pessoas procuradas da Justiça Brasileira conhecida por “difusão verme­lha”. O promotor Luiz Carlos Ormeleze, de Itu, responsável pela acusação, acredita que Oli­veira Júnior não esteja mais no Brasil. Além de político, o réu também ficou conhecido por atuar no mundo da bola como empresário de jogadores como o volante Mineiro e o lateral pen­tacampeão do mundo Roberto Carlos. Também foi presidente do Ituano e emprestou atletas ao Comercial de Ribeirão Preto.

Em fevereiro de 2015, o Tribunal do Júri considerou que Oliveira Júnior, de fato, foi o mandante de um atentado contra a vida do radialista Jo­sué Dantas, em 2006, que cul­minou na morte do advogado Humberto da Silva Monteiro. O juiz da 2ª Vara Criminal de Itu, Hélio Villaça Furukawa, condenou o ex-vice-prefeito a 20 anos de prisão, em regime inicial fechado. Ele recorreu ao Tribunal de Justiça de São Pau­lo (TJSP), sem sucesso.

No dia 25 de agosto, a Justi­ça de Itu atendeu ao pedido do promotor Ormeleze e decretou a prisão do ex-vice-prefeito. To­dos os acusados de participação no crime sofreram condenação. De acordo com a decisão, o empresário foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado e tenta­tiva de homicídio.

O advogado Humberto da Silva Monteiro foi morto com dois tiros na cabeça, no Centro de Itu, em 2006. Ele estava no banco do passageiro de uma caminhonete dirigida pelo ra­dialista Josué Dantas Filho, que também era funcionário da pre­feitura. Os autores do crime ati­raram também contra o radialis­ta, mas erraram o alvo.

Divergências políticas te­riam motivado o crime. Depois de deixar o cargo em Itu, Oli­veira Júnior se elegeu vereador em Ribeirão Preto, em 2008, pelo PSC, cargo que ocupou até 2011, quando foi cassado por quebra de decoro parlamentar – ele teria desacatado um poli­cial militar ao ser flagrado diri­gindo embriagado na avenida Doutor Francisco Junqueira, no Centro. Sempre negou to­dos os crimes que lhe são atri­buídos. Por causa dessa acu­sação, também foi sentenciado em 2013 por direção perigosa e desacato ao dirigir embriagado.

A Justiça incluiu o nome de Oliveira Júnior na lista da “difu­são vermelha” para tentar evitar a saída dele do país. Fotos do acusado foram espalhadas na fronteira e nos aeroportos e portos do Brasil e de países da América do Sul. A Polícia Fe­deral acionou o “alerta verme­lho” e comunicou a Interpol. A solicitação aceita pelo juiz Hé­lio Villaça Furukawa foi envia­da ao delegado regional execu­tivo da Polícia Federal em São Paulo, Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho.

Segundo a Polícia Federal, ter o nome incluído na lista ver­melha significa que o foragido pode ser preso por qualquer for­ça policial do País em que esteja. A defesa do ex-vice-prefeito e ex-vereador entrou com recurso no Superior Tribunal e Justiça (STJ) no final de agosto do ano passado na tentativa de revogar a prisão de seu o cliente.

Neste ano, o juiz da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira, condenou o ex-parla­mentar a dois anos de reclusão por desvio de recursos públi­cos. Ele é acusado de contra­tar uma funcionária fantasma quando exercia mandato na Câmara ribeirão-pretana. A pena foi substituída pelo paga­mento de quatro salários mí­nimos, além de 20 dias-multa. Teria de pagar R$ 20 mil mais juros e correção monetária, mas a defesa recorreu.

Em compensação, a Justiça de Ribeirão Preto mandou blo­quear mais de R$ 77 mil em re­cursos do ex-lateral esquerdo da seleção brasileira, Roberto Carlos, que era cliente de Oli­veira Júnior. Eles entraram em litígio em 2008 por desavenças financeiras. A dupla, inclusive, já trocou farpas em programas de televisão.

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