As eleições de meio termo dos Estados Unidos — onde a maior parte dos Estados do país elegem governadores e até alguns prefeitos — estão se aproximando e, temendo a realização de campanhas de desinformação e distribuição de conteúdos duvidosos, o Facebook convocou as maiores empresas do setor tecnológico para uma reunião de discussão de estratégias para prevenir tudo isso. As informações foram obtidas pelo Buzzfeed News, que teve acesso a um e-mail enviado pelo Head de Política de Cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, que chamou a executivos das empresas para reunirem-se nos escritórios do Twitter em São Francisco ainda hoje (24/8).
“Como já mencionei a vários de vocês nas últimas semanas, estamos tentando agendar um follow-up para a nossa conversa sobre operações de informação, proteção das eleições e o trabalho que estamos desenvolvendo para respondermos a esses desafios”, disse Gleicher em e-mail direcionado a equipes do Twitter, Google, Snapchat e Microsoft, entre outras empresas.
Segundo o e-mail mencionado, a reunião abordará três pontos de interesse: apresentação dos recursos e ferramentas de cada empresa para combater a desinformação; os problemas enfrentados por cada uma; e, finalmente, uma discussão para determinar se essa reunião deve se tornar um evento recorrente.
Essa, vale citar, não é a primeira vez que as companhias de tecnologia mais influentes do setor se encontram. Em maio, as mesmas empresas se reuniram nos escritórios do Facebook para discussões similares. Na ocasião, estavam presentes também o subsecretário do Departamento de Segurança Interna, Chris Krebs, e o membro da Força Tarefa para Influência Estrangeira do FBI, Mike Burham. A reunião não foi muito produtiva, visto que os representantes do governo não repassaram às empresas muitas informações. Não se sabe se eles — ou outros governamentais — estarão presentes no segundo encontro.
Destas empresas, Facebook e Twitter são as que mais vêm enfrentando julgamentos do público e das autoridades. Devido ao seu caráter social, aliado ao seu volume massivo de audiência, ambas as plataformas são preferidas por membros de partidos e organizadores de campanhas para distribuir seus conteúdos. O problema é que, em boa parte das vezes, esses conteúdos não possuem muita credibilidade. Fora isso, bots e outras ferramentas de automação permeiam as redes, gerando viralização artificial para conteúdos não curados.
Fonte: Buzzfeed News, Canaltech