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O que a Maçonaria quer para o Brasil?

A Maçonaria está no Brasil há quase dois séculos. Os primeiros registros aparecem com a fundação do Grande Oriente do Brasil (GOB), ao qual é filiado o Grande Oriente de São Paulo (GOSP), numa estrutura muito semelhante à do Governo Federal e seus estados. Essa fundação aconteceu em 17 de junho de 1822, momento em que os maçons prota­gonizavam momentos decisivos na história do país como o processo de Independência. Depois disso veio a Proclamação da República, o fim da escravidão e, aqui em São Paulo, a Revolução Constitucionalista de 1932.

Todas as batalhas políticas e sociais da Ordem foram tra­çadas em prol do progresso, mas ainda assim não foi possível evitar que, por conta da maneira discreta pela qual a Maçona­ria sempre atuou, estórias e mitos fossem construídos. Sendo assim, no Brasil e em grande parte do mundo a Maçonaria é interpretada com um olhar voltado apenas para o lado fanta­sioso das lendas que foram criadas, como a imagem de uma seita ocultista ou mesmo de ser responsável por uma espécie de delírio em que existe um plano de dominação mundial.

É por isso que precisamos aproveitar momentos como agos­to, em que é comemorado o Dia do Maçom, para nos apresen­tarmos e dizer à sociedade o que somos e o que fazemos.

Além dos feitos notáveis já descritos, os Maçons partici­pam hoje ativamente em pequenas decisões políticas e nos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Entretanto, essa atuação não é na forma de uma conspiração para comandar ou exercer influências escusas, mas para que juntos façam com que o país use plenamente os benefícios da Democracia em prol de um verdadeiro avanço.

Um Irmão, como nos chamamos entre nossas fileiras, quando apresenta um projeto na Câmara dos Deputados, por exemplo, provavelmente já discutiu essas ideias previamente em sua Loja Maçônica, e provavelmente contou com opiniões de outros maçons que o ajudam a pensar no que a sociedade precisa e o que pode ser feito em sua atividade política. Por­tanto, este projeto chega ao poder carregado por discussões centradas no desenvolvimento social e sem influência de inte­resses secundários, como benefícios políticos que os partidos ou demais políticos podem querer.

Dessa forma, os nossos feitos nos permitem, em 20 de agosto, celebrar o Dia do Maçom, data que lembra os primei­ros passos dados no processo de Independência. A história nos conta que foi de uma reunião de membros da Maçonaria em 1822, no Rio de Janeiro, que surgiu o impulso que levou Dom Pedro I a soltar o famoso brado retumbante de “inde­pendência ou morte”, semanas mais tarde.

Portanto, quando as comemorações do Dia do Maçom começam, não lembramos apenas dos companheiros de Lojas pelo estado, mas trazemos à memória nomes como José Bo­nifácio de Andrade e Silva, que marchou pela independência, e Deodoro da Fonseca, líder no processo de Proclamação da República e primeiro Presidente do Brasil.

Costumo dizer que não há obra que se erga sem que na ar­gamassa esteja misturado o suor do pedreiro. Esse pensamen­to é uma constante que une a Ordem e dá notoriedade a seus membros, pessoas que trabalham firmes por seus objetivos, que se juntam para estudar o que pode ser feito e apresentam soluções para pequenos e grandes problemas da sociedade. Não fazemos revoluções nacionais todos os dias, mas a Ma­çonaria, como um todo, trabalha para que a cada reunião seja composta por homens melhores, lapidando as pedras brutas e lutando pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

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