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A verdadeira corrida maluca

Começou a corrida pelo seu voto. E, neste ano, a disputa promete ser a mais imprevisível desde a primeira que ocorreu após os anos de ditadura militar, em 1989, que foi vencida por Fernando Collor, primeiro presidente cassado de nossa história. O cenário foi até comparado com famosa Corrida Maluca, que fazia sucesso nas telinhas há muitas décadas, mas até hoje é muito conhecida. Você poderá escolher entre nada mais, nada menos, que 13 candidatos. Isso mesmo, 13 nomes estão na disputa pelo cargo mais importante do País.

E olha que a lista ainda deve mudar. Entre os nomes que estão na disputa, está no ex-presidente Lula, que está preso após ser condenado em segunda instância. Ele se enquadra na lei da Ficha Limpa e a Justiça Eleitoral deve se manifestar em breve contra a sua candidatura.
Mas, ainda com o petista na disputa, vamos fazer um teste. Você já sabe o nome de todos os candidatos? Alckmim, Álva­ro Dias, Bolsonaro, Lula, Marina, Ciro, Cabo Daciolo, Eyma­el, Boulos, Henrique Meirelles, João Amoêdo, João Goulart Filho e Vera Lúcia.

Esses são os nomes. Parece até aquela brincadeira que normalmente os homens fazem, tentando lembrar a escalação dos times que marcaram época, como o Comercial da década de 60 e o Botafogo dos anos de Sócrates. Porém, lembrar des­tes e, acima de tudo conhecer a todos, é missão mais compli­cada do que lembrar da escalação do Bangu de 1962.
Então, com tantos nomes na disputa, não dá para reclamar de falta de opção, não é?
Será mesmo?

Nas próximas semana, nós eleitores teremos que tomar muito cuidado para fazer a escolha certa. Mesmo com 13 candidatos na disputa, será que nos sentiremos representados em alguns desses nomes? Vimos que na Copa do Mundo a presidente da Croácia ganhou um monte de simpatizantes no Brasil por gestes simples, como tomar chuva ou ficar na arquibancada. Isso mostra como a população quer sentir que uma pessoa igual a ela está no poder. Porém, agora é hora de buscar muito mais do que isso. Conhecer a fundo as propos­tas de todos e saber quem pode ajudar o Brasil.

Mas, já vou avisando. Nossa missão como eleitor será mui­to complicada e om muitas incertezas em tempos de redes sociais, que serão decisivas para o pleito. Na teoria, isso seria ótimo, já que ajudaria a ter mais informações sobre todos os candidatos, independentemente do poder aquisitivo de cada campanha. Porém, a previsão é de uma verdadeira avalanche de fake news, as falsas notícias que devem tomar conta de sua timeline nas próximas semanas. Todo cuidado é pouco na hora de passar para frente essas informações. Não podemos ser usados por quem quer tumultuar o processo.

Mas, agora que as figuras que lutarão pelo seu voto foram reveladas, vamos fazer a nossa parte. Tentar achar, neste mar de candidatos (opções?) o nome mais adequado (ideal?) para comandar o Brasil.

Em uma eleição tão imprevisível como a que elegeu Fernando Collor, há três décadas, o que ninguém quer é mais uma vez cair na conversa fiada de um nome e depois ver que suas esperanças foram simplesmente roubadas. Assim como no desenho Corrida Maluca, muitos vilões estarão na disputa.

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