Tribuna Ribeirão
Política

Cármen Lúcia volta a elogiar Ficha Limpa

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mi­nistra Cármen Lúcia, voltou destacar a importância da Lei da Ficha Limpa nesta sexta-feira, 17, durante seminário “Direito e Desenvolvimento” da Escola de Direito da FGV Rio. Segundo ela, o texto é “copiado no mundo todo”.

“Nós vivemos durante muito tempo copiando outros povos, não deu certo. E o caso brasileiro, nós somos capazes de fazer ótimas leis, e fizemos”, disse a ministra. “E hoje, para citar apenas leis mais recen­tes, a lei chamada Lei da Ficha Limpa é copiada no mundo todo”, disse Cármen, lembran­do também da notoriedade que ganhou a Lei Maria da Pe­nha mundo afora.

A declaração, a segunda vez que Cármen elogia a Lei da Fi­cha Limpa na mesma semana, ocorre em meio à discussão sobre a validade da candidatu­ra de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

Por ter sido condenado em segunda instância por corrup­ção passiva e lavagem de di­nheiro, Lula já teve o registro de candidatura contestado pela Procuradoria-Geral da Repú­blica e ao menos por mais seis questionamentos apresentados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até o momento. O rela­tor do caso é o ministro Luís Roberto Barroso, vice-presi­dente da Corte Eleitoral.

A ministra ainda destacou o período eleitoral, para que o brasileiro “não esqueça” que é parte da democracia. “O Bra­sil é cada cidadão, que junto dos outros pode cumprir a Constituição Federal”, disse Cármen, ressaltando que a política deve ser “exercida de acordo com a Constituição”. “O Brasil tem vocação para dar certo. Até porque, com o que fazem com nosso país, era para ter dado errado há muito tempo”, afirmou.

No início da semana, às vésperas do registro de can­didatura de Lula, Cármen também falou, durante pales­tra, sobre a Lei da Ficha Lim­pa, que torna inelegíveis con­denados na Justiça por órgão colegiado.

Lava Jato, tenha o direito de concorrer à Presidência.

Cunha ainda destaca que a eleição de 2018 será a primei­ra em 20 anos que ele não dis­putará, e divulga a candidatu­ra da filha, Danielle Cunha, a deputada federal.

O ex-deputado se posi­ciona como adversário dos governos do PT e “o principal responsável por sua queda”, mas diz que Lula deveria ser derrotado nas urnas. “O pe­tista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de dispu­tar”, escreve.

Ele ainda se compara ao ex -presidente ao dizer que seria um “troféu político”.

Cunha critica as atuais regras eleitorais, que devem eleger parlamentares “no pior dos modelos políticos”, e afirma que o Congresso está “totalmente desvincula­do de suas propostas e com­promissos”.

Ele defende a adoção do parlamentarismo no País, ci­tando os modelos francês e português, com partidos obri­gados a aderir à um programa de governo. “Para o futuro, o país não terá outra alternativa, que não seja a de adotar o par­lamentarismo”, escreve.

O ex-presidente da Câma­ra foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por cor­rupção e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato. A investigação envolvia contas na Suíça abastecidas por propinas na Petrobras.

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