Tribuna Ribeirão
Cultura

Mais de 50 anos de radioamador em RP

Construir um rádio, falar com a estação espacial interna­cional, conversar via rádio com qualquer pessoa do mundo e participar de concursos mun­diais para saber com quantas pessoas você consegue contato em um período são alguns dos exemplos de atividades do ra­dioamadorismo. O Museu da Imagem e do Som (MIS) “José da Silva Bueno”, equipamento cultural da Secretaria Municipal da Cultura, e a Casa do Radioa­mador de Ribeirão Preto convi­dam para exposição em home­nagem aos 53 anos de história do rádio amador na cidade.

A exposição acontecerá na Casa da Cultura, na praça Alto de São Bento s/nº, no Jardim Mosteiro, a partir desta quar­ta-feira, 15 de agosto (abertura oficial), e ficará em cartaz até 13 de setembro, das nove às 17 horas. Escolas e instituições po­dem agendar visitas monitora­das pelo (16) 3636-1206, ramal 228. “Para ser radioamador é preciso de uma licença, assim como para dirigir um carro”, diz Gilmar de Moura Gaspar, presi­dente da Casa do Radioamador de Ribeirão Preto.

Ele explica que, atualmen­te, essa licença é emitida pela Agência Nacional de Teleco­municações (Anatel), sendo que qualquer pessoa pode solicitar este documento. “Mas, para re­cebê-la é preciso realizar uma prova que aborda temas como ética e técnicas de operação. Isso porque pelas frequências do rádio estão muitos serviços importantes para a sociedade, como polícia, bombeiro, avia­ção, ambulância e as rádios co­merciais”, diz.

“O radioamador deve en­tender suas reponsabilidades ao utilizar este meio de comunica­ção.”, explica Gilmar de Moura Gaspar. Alguns radioamadores participam da Rede Nacional de Emergência de Radioamadores (Rener). Criada em 2001, essa rede atua em situações de cala­midade, como já ocorrido em diversas partes do país, fazendo uma integração entre os radioa­madores e a Defesa Civil Nacio­nal. Mesmo fora das situações de calamidade, são milhares os apoios fornecidos por rádio nas mais diversas situações. Estatís­ticas de 2012 da Embratel, por exemplo, mostram que foram efetuadas 65.233 emissões relati­vas à salvaguarda marítima.

O radioamadorismo
É um hobby que propor­ciona desenvolvimento pessoal através de estudos relacionados à eletrônica, rádios e antenas. Também acontece através da troca de experiências com os demais radioamadores pelo mundo, adquirindo amplo co­nhecimento das questões rela­cionadas à radiotransmissão.

O conhecimento também é praticado no dia a dia, seja com a utilização, manutenção ou, ainda, a construção de equipa­mentos e antenas, contatos via rádio entre as estações (de­mais radioamadores ao redor do mundo). Ocorrem, ainda, concursos (contests) em que o objetivo é o treinamento atra­vés do contato com o maior nú­mero possível de estações, ainda que longínquas.

Os radioamadores ficam à disposição das forças de segu­rança, incluindo o Exército, e da Defesa Civil, em caso de emer­gências e calamidades, sendo que os serviços de telefonia/ internet mostram-se frágeis, chegando a ficar inoperantes nestas ocasiões que mais se precisa da comunicação para ações ordenadas e coordenadas. O sistema de rádio, ainda que seja afetado, é rapidamente res­tabelecido e torna-se essencial no apoio à população.

Casa do Radioamador
Em Ribeirão Preto, a Casa do Radioamador (CRRP) foi fundada em 21 de abril de 1964, operando 24 horas por dia, sete dias por semana, na frequência VHF 146.670MHz, considera­do Serviço de Utilidade Pública de acordo com a lei municipal n°1615, 19 de agosto de 1965.
Entidade civil sem fins po­líticos, religiosos ou financeiros chegou, de acordo com última análise, em mais de 100 países com mais de 50 mil contatos diretos em seus comunicados, levando para o mundo o radioa­madorismo e o nome da cidade de Ribeirão Preto.

Atualmente, a CRRP passa por reestruturação e mudança de endereço de sua sede admi­nistrativa do Alto do São Bento para a rua Goiás nº 1.072, nos Campos Elíseos. No ano pas­sado, a Secretaria Municipal da Cultura, dona do prédio ocupado pela entidade desde 1971, pediu a desocupação do local, pois a cessão por comoda­to venceu em 2011.

Busca parceria com uni­versidades para implantação do parque de antenas, assim como pesquisas em radio­comunicação. Visite o site e conheça mais (www.casado­radioamador.org.br). A Casa do Radioamador existe desde os anos 60 (1965) – e em 1971 passou a ocupar o imóvel de 303 metros quadrados, loca­lizado em um terreno de dois mil metros quadrados.

Segundo o site oficial da Casa do Radioamador, o Brasil tem 33.592 aparelhos. Um para cada 5.744 habitantes. No Japão são 1.350.127 de equipamentos, um para cada 94 moradores. Nos Estados Unidos são 674.652, um para 434 americanos. A Coreia do Sul tem 141 mil adeptos do radioamadorismo, um para cada 344 coreanos. A página também traz dados da Alemanha (75.581 rádios), Inglaterra (62.093), Espanha (59.325) e outros países.

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