Tribuna Ribeirão
Política

Aeroporto Leite Lopes – Obras na pista podem começar em setembro

A licitação para obras nas pistas do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ri­beirão Preto, ocorreu nesta segunda-feira, 13 de agosto. A empresa vencedora do certa­me foi a Talude Construções, de Barueri, com o valor de R$ 3,945 milhões, desconto de R$ 255 mil e 6% abaixo do estimado em edital, de R$ 4,2 milhões. O prazo para execu­ção das intervenções é de seis meses a partir da emissão da ordem de serviço.

Segundo as informações do prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), a previsão é de que daqui um mês, em 17 de setembro, a ordem de servi­ço já deverá ser assinada. No entanto, antes há um trâmite que deverá ser seguido. De acordo com o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secretaria de Lo­gística e Transportes e admi­nistradora do Leite Lopes –, o contrato será assinado em cer­ca de dez dias.

Desde a abertura dos en­velopes, na segunda-feira, co­meçou a contar um prazo re­cursal de cinco dias úteis. Ao fim deste período, será feita a análise da habilitação da em­presa, cumpre-se mais cinco dias de recurso e, caso não haja nenhuma interposição, o pro­cesso segue para homologação e assinatura de contrato. As obras contemplam implanta­ção de área de giro nas cabe­ceiras 18 e 36 (turn around), instalação de acostamento nas pistas de taxiamento de aero­naves e reforço na pista de táxi para acesso ao pátio.

O objetivo é proporcionar mais segurança e flexibilida­de às operações, facilitando as manobras dos aviões. Cria­da em 1967, a Talude realiza obras de terraplenagem, in­fraestrutura, pavimentação e edificações industriais, e já atuou no Rodoanel Mário Co­vas (SP-021), no Aeroporto In­ternacional de Viracopos, em Campinas, e em unidades do Sesc em São Paulo.

Segundo o Daesp já infor­mou, os projetos das princi­pais intervenções devem ser finalizados até novembro e as obras principais, custeadas pela União, devem começar no ano que vem. A expectativa é de que o aeroporto fique pron­to em 2021. O Estado vai in­vestir, no total, R$ 8,8 milhões referentes à contrapartida na parceria com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presi­dência da República, projeto que totaliza R$ 88 milhões em investimentos, sobretudo no terminal de passageiros.

Em movimento de passa­geiros, o Leite Lopes é o quarto maior aeroporto de São Paulo, somente atrás dos de Guaru­lhos, Congonhas e Viracopos. O aeroporto de Ribeirão Preto foi habilitado para o transpor­te aéreo de carga internacional em 2002 e essa autorização está em vigência. Já o terminal de cargas construído pela Ter­minais Aduaneiros do Brasil (Tead Brasil) atende a todos os requisitos exigidos pela Re­ceita Federal, Polícia Federal e Agência Nacional de Vigilân­cia Sanitária (Anvisa).

Assim, segundo o Daesp, o Leite Lopes estará apto a receber aviões cargueiros in­ternacionais assim que a obra de ampliação e modernização estiver concluída, mas não haverá voos internacionais de passageiros. O pacote de obras contempla a ampliação e reforma do terminal de pas­sageiros, que passará de qua­tro mil m² para 12 mil m², da seção contra incêndio, de 600 m² para 930 m², recapea­mento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, am­pliação em 30 mil m² do pátio de aeronaves e implantação de “turnaround” (área de giro de aeronaves) nas cabeceiras.

Inaugurado em 1939, atu­almente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (execu­tiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que operam aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. O pacote de obras contempla a ampliação e reforma do terminal de pas­sageiros, que passará de qua­tro mil m² para 12 mil m², da seção contra incêndio, de 600 m² para 930 m², recapea-mento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, amplia­ção em 30 mil m² do pátio de aeronaves e implantação de “turnaround” (área de giro de aeronaves) nas cabeceiras.

Segundo dados do Daesp, o movimento em 2017 no Leite Lopes foi o pior em sete anos, com 867.544 pessoas. Em comparação com 2016, quan­do 922.756 passageiros embar­caram ou desembarcaram no aeroporto de Ribeirão Preto, a queda chega perto de 6%, com 55.212 pessoas a menos. Com exceção de 2010 – quando o movimento caiu porque o ae­roporto ficou fechado para obras –, o número também é inferior ao de anos ante­riores desde 2011, quando 1.114.415 pessoas passaram pelo terminal, ainda assim um dos mais movimentados do interior paulista. A queda foi de 22,1%, com 246.871 pas­sageiros a menos.

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