O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse nesta sexta-feira, 3, que partidos “degolam” candidaturas rebeldes a favor de “acordões”. Ele citou os casos da vereadora Marília Arraes (PT-PE) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB-MG).
Em evento do diretório estadual do PDT no Rio, Ciro criticou o movimento da executiva nacional do PT de tirar a candidatura de Marília ao governo de Pernambuco. A medida faz parte do acordo pela neutralidade do PSB no cenário nacional, evitando o apoio da sigla ao pedetista.
“Degolaram a cabeça de uma jovem militante de Pernambuco, Marília Arraes, pelo simples crime de ter, com os estímulos da burocracia do PT, apresentado uma ideia rebelde aos acordões de gabinete”, disse o candidato.
Ele também criticou o PSB por ter rifado a candidatura de Marcio Lacerda ao governo de Minas Gerais, abrindo caminho para uma composição com o governador Fernando Pimentel (PT). “Ontem, degolaram a cabeça do Marcio Lacerda, candidato rebelde contra as estruturas antigas de Minas Gerais, de onde vem Aécio Neves”, afirmou.
Para Ciro, a mesma manobra está sendo realizada contra ele e outros postulantes à Presidência. “Isso nada mais é o que está acontecendo comigo, com a Marina e, sob certos aspectos, com o Bolsonaro. Bolsonaro que, digamos com um tanto carinho, é um boçal. Ele é inexperiente. Contra ele, está funcionando porque ele é fora do sistemão. A Marina Silva é fora do sistemão. Eu sou o fora do sistemão que conhece o sistemão, que sabe que o Brasil é saqueado, quem está saqueando e como suspender”, disse.
Poste
O candidato do PDT, Ciro Gomes, atacou o PT, em agenda no Rio, nesta sexta-feira, 3. Após a convenção que lançou o deputado estadual Pedro Fernandes para disputar o governo estadual, o ex-ministro disse que o PT se aproveita do carinho e da gratidão do povo em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para “enganar a população” na apresentação de um candidato.
“O que está em jogo, na burocracia do PT, é uma grande enganação, aproveitando o carinho e a gratidão justas que o povo tem com o Lula. Eles querem criar uma comoção no País para que, no dia que o Lula for tornado inelegível, eles apontem outro poste. A grande questão é se o Brasil aguenta outro poste, ou parte grande da situação que vivemos hoje devemos a escolha de um poste pelo Lula”, afirmou.