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‘Político não pode forçar situação para se tornar candidato’

O presidente do Tribunal Su­perior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, afirmou na manhã desta terça-feira, 31, em Salvador, que “um político en­quadrado na Lei da Ficha Limpa não pode forçar uma situação, se registrando, para se tornar um candidato sub judice”. As de­clarações foram dadas em uma escola da capital baiana, onde o ministro participou de evento.

Apesar de não ter citado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Operação Lava Jato e preso em Curitiba (PR), Fux deu a decla­ração ao ser perguntado se a estratégia do PT, de registrar a candidatura do ex-presidente, causava insegurança jurídica na Justiça Eleitoral.

O ministro fez questão de diferenciar candidatos “sub ju­dice” de candidatos “inelegíveis”, ao dizer que, no segundo caso, a inelegibilidade ocorreria após uma condenação em segunda instância, conforme estabelece a Lei da Ficha Limpa.

Nessa situação, não haveria dúvida jurídica sobre a impos­sibilidade de a pessoa concorrer nas eleições. Para Fux, “o candi­dato sub judice é aquele que tem a sua elegibilidade ainda sujeita à apreciação da Justiça”.

As ideias de Fux encontram eco em declarações de outros ministros do TSE que defendem a rejeição da candidatura do ex -presidente Lula “de ofício” pela Justiça Eleitoral (sem esperar a apresentação de um pedido de impugnação). O também minis­tro do TSE Admar Gonzaga con­corda com essa possibilidade e já afirmou publicamente que o juiz pode rejeitar o registro de ofício com base na legislação vigente.

Fux já havia afirmado na segunda-feira, 30, também em Salvador, que a condenação em segunda instância é suficien­te para impedir a candidatura. Nesta terça, ao comentar a pos­sibilidade de insegurança jurídi­ca no caso Lula, ele reafirmou o entendimento.

“No nosso modo de ver, o candidato condenado em se­gunda instância já é inelegível. É um candidato cuja situação jurídica já está definida. Não pode concorrer um candidato que não pode ser eleito”, afirmou o ministro, alegando que “não gostaria de personalizar nenhu­ma questão”.

Em nenhum momento, con­tudo, Fux quis comentar direta­mente o caso do ex-presidente Lula nas eleições 2018. O mi­nistro alegou que terá que julgar o caso, o que o impede de falar sobre o assunto. “Eu não gostaria de abordar essa questão, porque, como integrante do Judiciá­rio, posso ter que apreciar (essa pauta). Como membro do Su­premo, preciso ter isenção para decidir”, explicou.

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