Morreu na manhã desta terça-feira em São Paulo, o advogado e jurista Hélio Bicudo, aos 96 anos.
Dono de um saber jurídico ímpar e de uma vida inteira pautada em um trabalho ético e honesto, ele foi um dos mais importantes ativistas pelos direitos humanos no País, especialmente enquanto combateu o chamado Esquadrão da Morte, durante a ditadura militar, como promotor público de São Paulo. Na época, inclusive, foi membro da Comissão de Justiça e Paz, e presidente do Centro Santo Dias de Direitos Humanos, ambos da Arquidiocese de São Paulo.
Foi presidente da Organização Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, da OEA, que tinha como objetivo fortalecer a luta em defesa dos direitos humanos nas Américas. Bicudo foi autor do primeiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), duas vezes deputado federal e, entre 2001 e 2004, foi vice-prefeito paulistano.
A nota de falecimento distribuída pela família, ressalta que Hélio Bicudo “deixa um legado de amor à família e sempre será lembrado por seu profissionalismo e honestidade”.
O jurista foi um dos fundadores do PT e participou de gestões petistas em São Paulo nos governos de Luiza Erundina e Marta Suplicy, rompendo com o partido, após o ‘mensalão’. Hélio Bicudo também foi o autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O velório ocorreu em uma discreta cerimônia nesta terça-feira (31), no Funeral Home, em uma solenidade às 17 horas. Hélio Bicudo preferiu ser cremado.