O juiz federal Sérgio Moro mandou nesta segunda-feira, 30, intimar Cândido Vaccarezza (Avante-SP), ex- líder do PT na Câmara, após o ex-deputado criar uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para sua campanha. Investigado e preso na Operação Lava Jato no ano passado, o ex-parlamentar deixou a prisão, mas não quitou a fiança de R$ 1,5 milhão imposta pelo magistrado.
“Por decisão de 22 de agosto de 2017, foi revogada a prisão temporária de Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza e fixadas medidas cautelares alternativas. Fixada fiança que até o momento não foi depositada, por afirmada insuficiência financeira”, anotou Moro.
“Notícia publicada no jornal O Estado de S. Paulo revela que o investigado tem mantido intensa agenda política e que é pré-candidato. A aparente veracidade da notícia pode ser constatada no link http://www. apoiabr.com br/Candidato/ DetalheCandidato/candidovaccarezza.”
Na decisão, Moro afirma que “tais informações podem ser relevantes para decidir a questão pendente”.
“Intimem-se defesa e Ministério Público Federal para ciência e manifestação em três dias”, ordenou o juiz da Lava Jato.
Na sexta-feira, 27, o Estado informou que Vaccarezza havia começado a recolher valores para sua pré-campanha a deputado federal. O ex-líder dos Governos Lula e Dilma na Câmara criou um grupo no WhatsApp, o “Lista Vaquinha 1”.
“Já começou o período eleitoral, nós estamos agora na fase da pré-campanha. Você me conhece, eu fui deputado federal por dois mandatos, deputado estadual por dois mandatos e tenho a honra de ter contribuído com minha ação parlamentar para melhorar a qualidade de vida da população, para melhorar a qualidade do legislativo no Brasil. Agora sou pré-candidato a deputado federal. Você me conhece, estou pedindo a sua contribuição, participe da vaquinha virtual”, pede Vaccarezza, em vídeo enviado pelo WhatsApp na sexta-feira, 27.
No site indicado pelo ex-deputado, é possível contribuir com os valores de R$ 30, R$ 50, R$ 100, R$ 300, R$ 500, R$ 700, R$ 950 e R$ 1,064 mil.