Tribuna Ribeirão
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Larga Brasa

Nos tempos da Jurubeba
No bairro dos Campos Elíseos vivia um senhor de uns oitenta e cinco anos aproximadamente. Estava sempre presente e ati­vo nos bares como consumidor de bebidas alcoólicas princi­palmente da pinga com jurubeba, considerada à época, como afrodisíaca. Em determinado dia, final de ano, ele anunciou que se casaria com uma moçoila de vinte e oito anos, bonita e bem formada fisicamente. Ninguém acreditou.

Festa de casamento
Na festa do casamento, para a qual convidou a todos os amigos, as piadinhas eram frequentes e todas abordando a questão da virili­dade do idoso. Dizia-se que ele iria deixar a sua pensão para a viú­va, que os garanhões ficariam rondando seu portão e que “daquele mato, não saía coelho”. Os burburinhos chegaram até ele, mas dava de costas e a nenhum comentário oferecia resposta. Escolheu como padrinho o dono do bar onde “dependurava” as despesas. Naquele dia ele não deixou de praticar o seu exercício favorito: “levantamen­to de copo, só não possuía o outro vicio- o lançamento de bituca de cigarro”. Ele dançou a noite inteira com sua mulher formosa, deixan­do a todos com beiços caídos de inveja.

Marcação na folhinha
Os vizinhos ficaram contando nos dedos os dias que se pas­savam para verificar se os boatos de que ele não seria capaz de ter um filho seria verdadeiro. Mesmo depois de casado ele mantinha a sua escrita em dia no barzinho da esquina. Com uma diferença: antes ele ficava até o bar fechar, agora ele dei­xava os amigos, o truco e mesmo a pinga que misturava com a cerveja Antarctica, às oito e meia indefectivelmente. Os co­mentários não paravam, pois sua pensão era recheada.

Meses depois uma surpresa
As comadres do bate-papo matinal notaram protuberância na re­gião do útero da mulher do “tiozão”. Todos começaram a conjectu­rar: é problema de mulher de útero com doenças que cada um dava um nome. E a barriga continuava a crescer. Ele cada vez que visitava o barzinho nada comentava e tomava mais jurubeba com a pingui­nha de Minas. Discreto, não comentava nada. Atiçou mais ainda a curiosidade e era protagonista dos comentários gerais. Quando ele chegava, todos paravam de falar. O assunto havia chegado.

Nos tempos sem viagra
Efetivamente, nos tempos em que não existia o Viagra ou outro qualquer incentivador da masculinidade a jurubeba funcionou. Nasceu um lindo pimpolho. Os que comentavam a inaptidão do velhinho se calaram. O bebê era a cara dele e a mulher parecia se mostrar satisfeita, livre, leve e solta. Não haveria necessi­dade de se fazer o DNA (coisa que nem existia na época) era tudo do pai inclusive a cor de jambo que era sua marca regis­trada que aparecia mais com seus cabelos brancos. Não hou­ve duvida, o rebento era dele. Durante muitos anos, até mais de noventa ele acompanhava o filho na escola, nos folguedos, sempre junto com a esposa, contra a qual nunca se ouviu um comentário sobre sua honestidade. Mas ele continuou tomando a sua jurubeba, agora com a pinga “Palmeirinha” do Pompolo.

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