O mais longo eclipse lunar do século 21 foi observado nesta sexta-feira, 27 de julho, na maior parte do Brasil. A Lua demorou para aparecer em Ribeirão Preto, mas muita gente olhou para o céu entre o final da tarde e o início da noite de ontem. Por volta das 18 horas, quando o céu ficou mais escuro, os primeiros registros foram feitos. A melhor visibilidade ocorreu na Europa e na África. Sol, Terra e Lua se alinharam, e milhares de pessoas conseguiram acompanhar pelo mundo.
Na fase total, quando estava totalmente dentro da sombra, a Lua ficou vermelha e assumiu sua versão “de sangue”. Isso começou por volta das 16h30 e durou até as 18h13. A fase parcial durou até 19h19. Em quase todo o planeta foi possível acompanhar o fenômeno que, geralmente, ocorre duas vezes por ano, com um tempo de duração de 60 a 80 minutos, podendo durar até muito menos. Em 2015, por exemplo, a cobertura total da Lua durou apenas 12 minutos.
O eclipse da Lua acontece quando o Sol, Terra e Lua ficam alinhados nesta ordem. O Sol, iluminando a Terra, faz uma sombra no espaço em duas partes: a penumbra, que ainda revela raios do Sol, e a umbra que não recebe qualquer feixe de luz. Quando a Lua, caminhando em torno da Terra, penetra totalmente na sombra escura acontece o eclipse total. Em Ribeirão Preto, quando a Lua surgiu, já estava na fase total do eclipse.
O show celeste ainda proporcionou maior visibilidade de planetas que estavam na mesma linha. Marte, sem dúvida, foi o destaque por estar, desde o início do ano, em máxima brilhância, se destacando como um ponto vermelho ao lado da Lua. O pico desse efeito está previsto para 3 de agosto, mas já é impossível ignorar a presença desse planeta visto a olhos nus. Júpiter também estará no alto. Vênus está a oeste e Saturno estará entre Marte e Júpiter, na mesma linha, também muito brilhante mas menos que Marte.