Tribuna Ribeirão
Política

Temer diz que Meirelles segue candidato

O presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira, 26, que o MDB manterá a candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles nas eleições 2018, ape­sar de a maior parte dos partidos da base governista terem forma­lizado uma aliança com o ex-go­vernador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB).

“A candidatura do Meirelles continua, é uma candidatura já pré-lançada”, disse o presidente depois de reuniões na 10ª Cú­pula dos BRICS, realizada na África do Sul.

A adesão do Centrão a Al­ckmin, apalavrada na semana passada, mudou as estratégias eleitorais das pré-campanhas e beneficiou o tucano, visto com desconfiança por parcela do Planalto por se negar a defender abertamente o presidente. Na prática, Alckmin terá o maior tempo de exposição no horá­rio eleitoral gratuito em rádio e TV, por causa da coligação com DEM, PP, PR, PRB e Solidarie­dade – todos partidos com car­gos de relevo no governo Temer. Ele também é apoiado por PSD, PTB e PPS, da base de Temer.

A aliança do bloco com o tu­cano prejudicou as tratativas de Meirelles, que vinha tentando a adesão de pelo menos parte do bloco a seu projeto presidencial, e ficou isolado. Ele ainda ten­ta conquistar partidos nanicos para sua candidatura.

Na próxima semana, a últi­ma do prazo legal para os par­tidos realizarem as convenções que escolhem os candidatos no pleito de outubro, Meirelles tentará sagrar-se o nome do MDB para disputar a Presidên­cia da República nas eleições 2018. O encontro está marcado para o dia 4 de agosto.

No fim de semana, o arti­culador político de Temer, mi­nistro Carlos Marun (Gover­no), escreveu a parlamentares do MDB e a Meirelles uma mensagem dizendo que hou­ve um veto à negociação avan­çada que o Centrão mantinha com Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência. Ele di­zia que Alckmin não merecia o apoio do MDB.

“A atitude de Alckmin nas denúncias (contra Temer) o torna não merecedor do nosso apoio. Ajudamos a sua candidatura é verdade, ao ve­tarmos o apoio do Centrão ao débil mental do Ciro Gomes. Este apoio foi para os tucanos, mas isto não é de todo ruim. Sabemos que a tucanidade de Alckmin não o faz o candida­to para o agora”, escreveu Car­los Marun, no domingo, 22.

Ao comentar o papel do governo nas costuras eleitorais, Temer usou uma expressão mais branda que Marun para se referir à pressão exercida sobre o Centrão e se negou até a citar o nome de Ciro. “Não houve, efetivamente, digamos assim, um impedimento pro­posto pelo governo em relação à candidatura do outro candi­dato a presidente que você aca­bou de mencionar.”

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