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Paralelepípedos – Vereador quer anular tombamento na Nove

ALFREDO RISK

O vereador Rodrigo Simões (PDT) quer trocar os paralelepí­pedos da avenida Nove de Ju­lho, que passa por bairros como Higienópolis, Jardim Sumaré e Alto da Cidade, na região cen­tral de Ribeirão Preto, por um novo recapeamento asfáltico. Para isso, fez uma indicação de projeto ao Executivo em que ar­gumenta a necessidade de mo­dernização da via.

Segundo ele, a avenida Nove de Julho enfrenta proble­mas em sua malha viária por­que muitos paralelepípedos se soltaram e em outros trechos não existe calçamento. No do­cumento, ele também pede que a prefeitura peça a anulação do tombamento dos paralelepípe­dos na Justiça, o que possibili­taria a troca do pavimento.

Por ser patrimônio cultural tombado pelo Conselho Muni­cipal de Preservação do Patri­mônio Cultural (Conppac), os paralelepípedos não podem ser substituídos. Na indicação o ve­reador argumenta a necessidade de se resolver problemas estru­turais da Nove de Julho, conside­rada por ele caminho de muitos veículos que partem do Centro e pedestres que trabalham ou visi­tam a região.

Entre as reivindicações es­tão a avaliação e poda de ár­vores condenadas e uma ação conjunta do Executivo, Legis­lativo e sociedade civil organi­zada, a fim de se fazer todo o saneamento básico, com novas tubulações para água e esgoto e nova pavimentação. Além dis­so, o projeto visa dar aspecto moderno à região da avenida com a construção de um mo­numento a ser assinado por um artista plástico.

“Estes são alguns pon­tos para transformarmos a Nove de Julho novamente no principal centro comercial e empresarial da nossa região. Mantendo a sua história, preparando acima de tudo a nossa cidade para o futuro”, afirma o vereador. Na indica­ção, Simões atende também às reivindicações dos ciclistas, que reclamam da falta de mo­bilidade na cidade, ao sugerir a retirada da ilha central, onde seria construída uma ciclofai­xa em toda extensão da aveni­da, até o Parque Prefeito Luiz Roberto Jábali (Curupira).

“Hoje está impossível transi­tar pela avenida, seja de veículo ou a pé. Precisamos, com juízo e responsabilidade, ouvindo a todos, mudar esta realidade. Já indiquei ao Executivo, e agora vamos discutir a real viabilidade do projeto”, conclui. A indicação para o Executivo não tem poder de lei e pode ou não ser conside­rado pelo prefeito Duarte No­gueira Júnior (PSDB).

A avenida Nove de Julho, considerada um cartão postal da cidade, foi planejada pelo prefeito João Rodrigues Guião em 1921. Os primeiros quar­teirões da avenida foram entre­gues no dia 7 de setembro de 1922, com o nome de avenida da Independência. A avenida passou a se chamar Nove de Julho alguns anos depois e ga­nhou prestígio na cidade a par­tir do início da década de 1950. As residências construídas nas proximidades seguiram, em sua maioria, o estilo moderno.

Com o passar do tempo, foi perdendo suas caracterís­ticas de área residencial. Ao longo dos últimos 20 anos ela se transformou no principal centro financeiro da cidade e região. É famosa pelas frondo­sas sibipirunas. Mesmo com a transformação que sofreu nos últimos 40 anos a avenida man­teve suas características que lembram a década de 1950 – os paralelepípedos da rua e o cal­çamento dos canteiros centrais. Ao longo de seus pouco mais de dois quilômetros, reúne cerca de 30 bancos, entre comerciais e de investimentos, além de seguradoras, consórcios, bares, restaurantes, lanchonetes etc.

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