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Querem disciplina só para a periferia pobre

A educação básica de qualidade no mundo contemporâ­neo prioriza a participação dos discentes nas decisões que dizem respeito a sua vida escolar, e a liberdade para aprender e ensinar é fundamental para o seu desenvolvimento como pessoa, e como cidadão. Mas essa premissa que vale para os países avançados, não vale para o Brasil.

Por falta de planejamento, e vontade política, a educação básica brasileira, principalmente para as comunidades pobres – esbarra na falta de estrutura física, e numa pedagogia ultra­passada que remonta ao século 19, também contribuem para esse quadro caótico, a formação dos docentes, que não sabem lidar com a meninada plugada no século 21, e ai as soluções encontradas pelos amantes dos regimes autoritários, e do mi­litarismo na educação estão entrando em ação nas escolas das periferias pobres de algumas cidades, para que a velha escola autoritária volte das catacumbas.

Já temos no Brasil alguns projetos educacionais que são exemplos para o mundo, e nestes projetos inovadores os alunos aprendem o que é respeito ao próximo, e a cidadania, sem coerção e castigos ultrapassados, que as escolas militares estão trazendo para as periferias pobres. Os alunos quando chegam nestes projetos aprendem a conviver, e respeitar atra­vés de cinco regras de ouro, que são: Respeito, Solidariedade, Responsabilidade, Afetividade e Honestidade, e só vão para o convívio coletivo quando essas regras de ouro estiverem interiorizadas no educando, sem coerção e castigos desne­cessários – mas copiar projetos educacionais como esses, que vão mudar a vida das futuras gerações – nem pensar.

A educação formal e informal se dá por observação, não é dentro da velha máxima do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, que ficou presa ao passado, e os intitulados “gente de bem” – querem resgatar para a vida dos excluídos. Por falta de capacidade, planejamento e interesse deixaram a violência estrutural e comportamental tomarem conta do ambiente escolar das periferias pobres, que agora querem corrigir o desmando implantado o regime militar nestas escolas, e esse retrocesso vem ganhado corpo, principalmente no governo do PSDB de Goiás, e para o Estado mais rico da federação não ficar atrás – esse modelo de educação já está mostrando a sua cara por aqui.

A educação coercitiva que tivemos no passado, não pro­duziu os efeitos esperados, pois a cidadania não foi incorpo­rada pela esmagadora maioria do povo brasileiro, o jeitinho brasileiro, que deveria ser uma marca positiva do nosso com­portamento, se transformou por falta de uma educação básica cidadã, em uma marca pejorativa para o Brasil. Somente uma educação básica permeada pelos valores que representam a cidadania, que são: Respeito, Solidariedade, Responsabilida­de, Afetividade e Honestidade, e um projeto educacional que tenha o educando no centro das decisões – não entraremos no século 21. Disciplina rigorosa só para a periferia pobre é segregação social!

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