Ribeirão Preto já soma 26 mortes de motociclistas em quase sete meses neste ano, quase uma por semana – um óbito a cada oito dias, aproximadamente. As duas últimas foram registradas entre a noite de domingo (22) e a tarde desta terça-feira, 24 de julho. João Felipe de Souza Santos, de 30 anos, foi a primeira vítima. Ele morreu depois de colidir a motocicleta Yamaha Fazer que pilotava contra uma árvore no canteiro central da avenida Mogiana, na Vila Carvalho, na Zona Norte.
Na tarde desta terça-feira (24), o motociclista Rigomário de Almeida Silva, de 20 anos, morreu após colisão com um carro no cruzamento das ruas Coronel Camisão e Padre Anchieta, no bairro Monte Alegre, Zona Oeste de Ribeirão Preto. O motorista do carro com placas de Guaíra sofreu ferimentos leves.
A colisão foi frontal. A motocicleta bateu em um poste e o automóvel na proteção de concreto na calçada. O Grupo de Atendimento e Resgate às Urgências (Grau) do Corpo de Bombeiros socorreu as vítimas. Segundo o médico Leandro Mota, “foi constatado que o motociclista encontrava-se em parada cardiorrespiratória”.
Ele diz que “os socorristas iniciaram a reanimação cardiopulmonar, mas, com a nossa chegada, fizemos a constatação de óbito devido às lesões graves no pescoço, na coluna cervical e no tórax”, explicou. A perícia trabalhou enquanto a via pública esteve interditada e o corpo de Silva foi trasladado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). Investigações sobre o acidente prosseguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
Em 2018, em seis meses, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), 24 motociclistas morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto, alta de 4,34% e um a mais em relação aos 23 óbitos do mesmo período de 2017. Representam 51% do total de óbitos do ano – 47. Foram doze mortes somente em junho, metade do total do ano, uma a cada 36 horas.
O número de óbitos registrados na malha viária de Ribeirão Preto – tem 1,6 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimentadas – cresceu 6,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017, de 44 para 47, três a mais, segundo o Infosiga-SP. A cidade registra quase oito mortes por mês, uma a cada quatro dias, em média. O número de atropelamentos quase dobrou. Pedestres, motociclistas e ciclistas são as principais vítimas e representam 78,7% dos casos fatais (37).
O número de óbitos em junho deste ano mais que dobrou em relação ao mesmo mês de 2017, saltando de seis para 14, oito a mais, alta de 133,3%. Das 47 mortes constatadas em Ribeirão Preto no primeiro semestre, 13 foram por atropelamento, contra dez em seis meses de 2017, três a mais e aumento de 30%.