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Gripe H1N1 altera rotina nas missas

PASCOM FRANCISCANA/ARQUIVO

O risco de contágio pelo virus H1N1 levou o arcebispo metropolitano, dom Moacir Silva, a emitir um comunicado nesta terça-feira, 24 de julho, determinando que padres, diá­conos e ministros da eucaristia alertem os devotos da Igreja Ca­tólica sobre mudanças na rotina em todas missas realizadas nas paróquias da área da Arquidio­cese de Ribeirão Preto por causa da ameaça da influenza (gripe). A orientação é para que os fiéis evitem o contato físico com o objetivo de barrar a proliferação da doença.

A partir de agora estão proi­bidos o “abraço da paz” – aperto de mão com abraço e o “beijo da paz”, na face – e a sagrada comu­nhão via oral –, dar as mãos du­rante a oração do “Pai Nosso” e também não é permitido ao pa­dre colocar a hóstia consagrada que representa o corpo de Jesus Cristo na boca dos fiéis – tem que colocá-la na mão do devoto.

A Arquidiocese de Ribeirão Preto abrange Altinópolis, Bata­tais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Du­mont, Guatapará, Jardinópo­lis, Luís Antônio, Pontal, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Ale­gria, São Simão, Serra Azul, Ser­rana e Sertãozinho.

A nota de dom Moacir Silva alerta para o “crescimento dos casos da gripe H1N1 em nosso Estado de São Paulo” e ressal­ta “que todos têm a responsa­bilidade de evitar situações e circunstâncias que facilitem o contágio do vírus.” A Diocese de Franca, onde cinco pessoas morreram vítimas do H1N1, adotou a mesma postura na sexta-feira (20).

A Secretaria Municipal da Saúde confirmou que dez pesso­as morreram em Ribeirão Preto vítimas dos vírus H1N1 e H3N2 (cinco óbitos cada), da influenza – a popular “gripe A” ou “gripe suína”. Segundo o relatório, as mortes foram registradas em abril (um), maio (seis) e junho (três). Em 2017 não foi consta­tado nenhuma morte na cidade, mas no período anterior doze moradores faleceram.

A cidade também já tem confirmados neste ano 65 ca­sos de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocados por algum tipo de variação do ví­rus influenza – são 34 de H1N1 (18 somente em junho), 20 de H3N2, oito não subtipado e três de influenza B (Flu B). Das 217 suspeitas notificadas, 104 são do mês anterior. O total de pa­cientes com influenza já é 58,5% superior aos 41 do ano passado (de 246 suspeitos), ou 24 a mais. O total de 2018, no entanto, está 30,1% abaixo dos 93 de 2016 (quando a investigou 447 sus­peitas), 28 a menos.

Segundo o último balanço parcial da campanha de vacina­ção contra o vírus influenza em Ribeirão Preto, foram vacinadas 117.504 pessoas na cidade, no período de 23 de abril a 19 de julho, atingindo uma cobertu­ra vacinal de 76,3% dos grupos prioritários, que é de 154.030 pessoas. Já foram imunizadas 19.356 crianças, 24.539 traba­lhadores da saúde, 3.946 gestan­tes, 1.506 puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias), 3.921 professores, 63.963 idosos e 273 indígenas.

Entre as pessoas portadoras de comorbidades, foram vacinadas 38.455 no mesmo período, atin­gindo uma cobertura de 82,3 % de uma população de 46.750 pessoas. Todos os grupos prioritários estão incluídos na campanha e foram acrescidas crianças com até nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos. A meta da Secretaria da Saúde é vacinar 90% de cada um dos grupos prioritários até o final da campanha.

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