Tribuna Ribeirão
Geral

Qualidade de vida – Regulação hormonal reduz risco de doenças

O médico Dr Danilo Capilé explica que regulação hormonal só pode ser feita após exames detalhados

Muitas pessoas a partir dos 30, 40 anos ou mais co­meçam a sentir falta de ener­gia, cansaço constante, falta de libido e não entendem o motivo. A partir dos 30 anos é natural e fisiológico a que­da da capacidade de produ­ção hormonal que tínhamos anteriormente, que aliado à falta de atividades físicas adequadas e às rotinas diárias de uma vida sedentária pro­vocam uma queda na quali­dade de vida e riscos de do­enças. A regulação hormonal adequada, feita após exames detalhados, proporcionará a reversão desses quadros.

“Mas é imprescindível a orientação de um médico. Não se deve tomar qualquer medi­cação sem essa orientação. Não é porque uma pessoa tomou e foi bom que outra deve tomar, até porque para a regulação hormonal temos que ter exa­mes específicos que apontam quais e em qual quantidade es­ses hormônios e nutrientes são necessários”, diz o Dr. Danilo Capilé, médico que trabalha com medicina metabólica, ci­ências da longevidade humana e performance saudável. “Mas podemos dizer que caso o tra­tamento seja necessário e feito de maneira correta, o paciente terá aumento na disposição, força muscular e consequente­mente ânimo para suas rotinas diárias, atividades físicas e até mais prazer sexual”, completa Dr. Danilo.

Baixa gestão calórica por um longo período pode afetar produção hormonal, mas isso é raro acontecer,
aponta o nutricionista Renato Barbim

O nutricionista Renato Barbim explica que a repo­sição hormonal é necessária após a constatação em vários exames. “Nesse caso, quando é constatado a real necessi­dade de reposição, a alimen­tação não consegue suprir. É uma deficiência da glândula, que por um motivo ou ou­tro parou de produzir hor­mônios ou está produzindo menos”, explica. No entanto, Barbim diz que há casos que a má alimentação pode gerar a queda na produção de hor­mônios. “Por exemplo, quan­do há uma baixa gestão caló­rica por um longo período, a tireoide irá trabalhar mais para repor, mas isso é muito difícil de acontecer”, afirma.

 

Menopausa
A reposição e regulação hormonal são comuns em mu­lheres que entram no chamado período da menopausa. Mas antes, há a chamada perimeno­pausa, que pode ocorrer a par­tir dos 30 anos em mulheres.

“É um processo inevitável. Recomendo atividades físicas orientadas e fortalecimentodos músculos. A disfunção hor­monal pode ser corrigida com tratamento”, explica Dr. Danilo.
A menopausa começa en­tre 45 e 50 anos e pode provo­car sintomas como ondas de calor, irritação, ressecamento vaginal, redução na libido, menstruação irregular, in­sônia, fadiga, dificuldade de concentração, alterações na pele e nos cabelos. Nessa fase a reposição dos hormônios pode ser uma grande aliada.

Nos homens
Dr. Danilo explica que processo semelhante ocorre nos homens. Esse período é denominado de andropausa. “O que ocorre é a diminuição da produção de testosterona no organismo que aumenta o risco de diabetes, doenças­cardiovasculares, obesidade e hipertensão”, informa o médico. “Os sintomas fre­quentes são a falta de energia e cansaço excessivo, senti­mentos de tristeza frequen­tes, suores e ondas de calor, diminuição do desejo sexual, diminuição da capacidade de ereção, ausência de ereções espontâneas pela manhã, di­minuição de pelos no corpo, incluindo na barba, dimi­nuição da massa muscular, dificuldade de concentração e problemas de memória. Mas saliento que a medicina metabólica pode promover a qualidade de vida”, finaliza Dr. Danilo Capilé.

Atividade física como aliada

A prática de atividade física orientada sob supervisão pro­fissional dentro de uma “dose correta” associada à alimenta­ção equilibrada, saudável, não industrializada e prescrita por profissionais competentes é para o profissional de educa­ção física e mestre em Ciência da Saúde, Aroldo Costa Neto, a “fórmula do sucesso para conquistar e manter a saúde e a qualidade de vida”.

Para o profissional de educação física, Aroldo Costa Neto, problemas podem ser evitados com
a realização de atividades físicas e alimentação saudável prescritos por profissionais

“Nestes casos são raras as necessidades de intervenção hormonal. Todos os órgãos responsáveis pelas diretrizes de saúde apelam para que os médicos cada vez mais reco­mendem o combate ao seden­tarismo e a inatividade física ao invés da prescrição unimodal de medicamentos, como as terapias hormonais. As evidências na literatura são tão fortes a favor do exercício físico no combate às doenças crônicas que nunca haverá um medicamento que substitua os seus benefícios físicos, hormonais, psicológicos e sociais. A grande realidade é que por trás das terapias de reposição hormonal, em muitos casos, o que acontece é o uso de anabolizantes para resultados estéticos e dezenas de outros medicamentos que protegem o corpo dos malefícios do uso, segundo quem os prescreve”, aponta Aroldo.

Prescrição médica
Mas quando há indicação médica para a administração de hormônios, a atividade física é imprescindível para que os resultados sejam positivos, segundo o profissional de educa­ção física. “Se a medicação está sendo prescrita para aumento do metabolismo e ganho de massa muscular, por exemplo, o simples fato de administrar o hormônio não faz com que o músculo se desenvolva a ponto deste resultado ser duradouro quando o hormônio for retirado. É similar a ter um hábito alimentar e estar acima do peso, realizar uma dieta restritiva e depois retornar ao hábito anterior. Mesmo que você perca peso durante a dieta, se voltar a comer o que comia antes, engordará novamente. Se, durante e após o tratamento exercícios de força como a mus­culação não forem realizados, os resultados serão insatisfatórios. Para esse tipo de intervenção ter efeito positivo, é necessário ter estresse físico, pois o organismo está predisposto a se recuperar mais rápido”, conclui Aroldo.

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