O número de óbitos registrados na malha viária de Ribeirão Preto – tem 1,6 mil quilômetros de ruas, avenidas, travessas e alamedas pavimentadas – cresceu 6,8% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017, de 44 para 47, três a mais, segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). A cidade registra quase oito mortes por mês, uma a cada quatro dias, em média. O número de atropelamentos quase dobrou. Pedestres, motociclistas e ciclistas são as principais vítimas e representam 78,7% dos casos fatais (37).
Dentre as 47 vítimas, 34 eram homens (72,3%) e 13 mulheres (27,7%) – no mesmo período do ano passado foram 39 do sexo masculino (88,6%) e cinco do feminino (11,4%). Segundo o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP), o número de óbitos em junho deste ano mais que dobrou em relação ao mesmo mês de 2017, saltando de seis para 14, oito a mais, alta de 133,3%. Das 47 mortes constatadas em Ribeirão Preto no primeiro semestre, 13 foram por atropelamento, contra dez em seis meses de 2017, três a mais e aumento de 30%.
As demais mortes ocorreram em choques (nove) e colisões (15) ou por outros motivos (dez). Entre 1º de janeiro e 30 de junho do ano passado, a principal causa de óbitos foram as colisões (22) – cinco choques e sete acidentes provocados por outras razões. Em 2018, em seis meses, 24 motociclistas morreram nas ruas e avenidas de Ribeirão Preto, alta de 4,34% e um a menos em relação aos 23 óbitos do mesmo período de 2017. Representam 51% do total. Foram doze mortes somente no mês passado, metade do total do ano, uma a cada dois dias e meio
A quantidade de pedestres mortos na malha viária de Ribeirão Preto aumentou: passou de nove para 13 em 2018, quatro a mais e alta de 44,4%. A média neste ano na cidade é de uma morte a cada 15 dias, aproximadamente. Representa 27,6% do total de óbitos. Os acidentes fatais envolvendo ciclistas caíram 40%, de cinco para três, dois a menos. A média atual é de uma morte a cada 60 dias. Representa 6,4% do total. Neste ano foram 14 óbitos em junho, nove em maio, cinco em abril, seis em março, oito em fevereiro e cinco janeiro.
Ribeirão Preto fechou 2017 com mais mortes registradas em sua malha viária na comparação com o total de óbitos de 2016, segundo o Infosiga-SP. De 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado, o trânsito na cidade fez 92 vítimas fatais (média mensal de quase oito), contra 82 de todo o exercício anterior (menos de sete por mês), dez a mais e alta de 12,2%.
O Infosiga.SP constatou cinco mortes em dezembro do ano passado, seis a menos que os onze óbitos do mesmo mês de 2016, queda de 54,5%. Outubro foi um dos meses mais violentos na malha viária de Ribeirão Preto, com doze vítimas fatais em 2017, contra seis do mesmo período do ano anterior, alta de 100%, o dobro – seis óbitos mais.
No ano passado, em 81,5% dos casos as vítimas eram motociclistas, ciclistas ou pedestres (75 no total) e apenas 18,5% estavam de carro, caminhão ou outro tipo de condução – 17 pessoas. Segundo os dados do Infosiga-SP, de 1º de janeiro a 31 de dezembro 44 motoqueiros ou garupas morreram em Ribeirão Preto (47,8% do total de óbitos), 57,1% a mais que as 28 vítimas fatais de 2016, com 16 ocorrências a mais.
Oito ciclistas foram a óbito na cidade (8,7% do total), contra seis do ano anterior, alta de 33,3% e duas mortes a mais. Já o número de pedestres mortos nas vias ribeirão-pretanos saltou de 16 para 22 (representa 23,9% do total), aumento de 37,5% e seis a mais.
A cidade registrou 23 mortes por atropelamento – quatro somente em outubro, uma em novembro e uma em dezembro –, 25% do total, contra 22 do per´[iodo anterior, alta de 4,54% e uma a mais. Em 2016 inteiro, foram 26 mortes de motociclistas, 20 de pedestres e oito de ciclistas (65,8% do total) – Ribeirão Preto fechou com 82 óbitos (quase sete opor mês), segundo o Infosiga-SP, um a menos que os 83 de 2015 (idem). A estatística do movimento inclui os casos de falecimento que ocorreram posteriormente ao acidente, em hospitais, por exemplo.
O mês com maior número de mortes no trânsito de Ribeirão Preto foi julho, com 15 óbitos, seguido de outubro (doze), maio (11), janeiro (oito), setembro, fevereiro e março (sete cada), junho (seis), dezembro, agosto e abril (cinco cada) e novembro (quatro) – em dezembro de 2016 foram onze mortes. A maioria das vítimas tinha entre 18 e 50 anos.
Segundo o balanço da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a quantidade de mortes no trânsito – homicídios culposos, quando não há a intenção de matar – caiu 35,3% nos cinco primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. Baixou de 17 para onze, seis a menos. No ano passado inteiro a queda foi de 5,12%, de 39 ocorrências em 2016 para 37, duas a menos. O balanço da pasta só considera os óbitos constatados no local do acidente. A média mensal é semelhante, de pouco mais de três, um óbito a cada dez dias.
A SSP-SP constatou queda em 2016, de 18,75%, com nove ocorrências a menos. Foram 48 mortes em 2015 – 47 homicídios culposos por acidente (quando não há a intenção de matar) e um doloso (intencional), média mensal de quatro, um óbito a cada sete dias e meio. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) divulgados no site da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), a frota da cidade é de 532.814 veículos.
Números do trânsito de RP
Mortes em seis meses de 2017…………………………………………………44
Mortes em seis meses de 2018…………………………………………………47
Homens…………………………………………………………………34 (ou 72,3%)
Mulheres………………………………………………………………..13 (ou 27,7%)
Mortes em junho de 2017………………………………………………………..06
Mortes em maio de 2018…………………………………………………………14
Mortes de motociclistas…………………………………………………………..24
Mortes de pedestres………………………………………………………………..13
Mortes de ciclistas………………………………………………………………….03
Outros motivos……………………………………………………………………….07
Mortes em 2017……………………………………………………………………..92
Fonte: Infosiga-SP
Acidentes consomem quase R$ 4 mi do SUS
Entre novembro de 2016 e o mesmo mês do ano passado, as internações hospitalares decorrentes de acidentes de trânsito consumiram R$ 3,95 milhões do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ribeirão Preto. O custo médio por pessoa foi de R$ 2 mil, segundo dados da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace) divulgados no boletim Saúde do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper).
O boletim mostra também que homens e em especial os motociclistas são maioria entre os internados, representando 75% e 65% das vítimas, respectivamente. Pedestres e ciclistas respondem por 20% das internações sendo que a taxa média de óbitos foi de 1,8%. Os dados levantados pela Fundace mostram que os homens jovens são as principais vítimas: 29,5% dos internados estavam na faixa etária entre 20 e 29 anos e 22,26% entre 30 e 39. Pessoas entre 40 e 49 representaram apenas 14,45%.
Outros dados levantados pelo boletim apontam para o índice de mortalidade dos acidentes. Mais uma vez as principais vítimas são do sexo masculino. Das 594 mortes por acidente de trânsito catalogadas no Sistema de Informações sobe Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2015, 80% eram do sexo masculino.
Entre 2011 e 2015 houve redução de 27% no número de óbitos que caíram de 124 no primeiro ano do levantamento para 90 em 2015. Houve uma queda pontual em 2015. Em 2014 foram 135 mortes e nos anos anteriores esse número variou entre 120 e 125. Não há dados de 2016 que poderiam confirmar uma tendência de redução.
Da mesma forma que no levantamento sobre internações, os motociclistas também são a maioria das vítimas fatais. Em 2013 o percentual de motociclistas sobre o total de vítimas chegou ao recorde de 43%. Em 2015, pedestres e ocupantes de automóveis trocaram de posição no ranking devido tanto à redução no número de mortes nos automóveis (de 27% para 11%) quanto à tendência de aumento nos acidentes fatais com pedestres de 2013 para 2014 e de 2014 para 2015.
Acidentes fatais com ciclistas também aumentaram de 2012 para 2015 quando atingiram 11% do total. Motociclistas, pedestres e ciclistas representaram 76,6% das mortes em acidentes em 2015. Com relação à faixa etária, os dados de mortalidade reforçam os resultados do levantamento sobre internações hospitalares. A faixa mais atingida é a de 20 a 29 anos, que reúne 22,2% dos óbitos, seguida pela categoria de 30 a 39 anos, com 18,9% do total de mortes.
Número de acidentes é o menor em 10 anos
Mesmo com o aumento de 148% da frota de veículos em 20 anos – segundo levantamento do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) o número de veículos na cidade saltou de 215.043 veículos em 1997 para 532.814 em dezembro do ano passado (aporte de 317.771 carros, motos, caminhões, vans e afins) –, Ribeirão Preto registrou, em 2017, o menor número de acidentes de trânsito dos últimos dez anos.
Segundo levantamento divulgado pela Empresa de trânsito e Transporte Urbano (Transerp), o município reduziu os acidentes nas vias públicas municipais, excluindo rodovias.
Conforme o relatório, houve queda das ocorrências sem vítimas, atropelamentos e sinistros com vítimas não pedestres. Na estatística, Ribeirão Preto contabilizou 10.639 acidentes em 2017 (cerca de 886 por mês e 29 por dia), redução de 9,72% em comparação com o período anterior, quando foram registrados 11.785 casos (média mensal de 982 e diária de 32), 1.146 a menos no ano passado.
Os atropelamentos registrados na cidade caíram 21,2%, de 254 (21 por mês) para 200) média mensal de 16), 54 a menos. Em relação aos acidentes sem vítimas, houve queda de 11,4%, de 8.183 ocorrências em 2016 (734 por mês e 24 por dia) para 7.801 (média mensal de 650 e diária de 21), 1.012 a menos em 2017. Os acidentes com vítimas não pedestres também diminuíram, de 2.718 em 2016 (cerca de 226 por mês e sete por dia) para 2.638 casos (média mensal e 220 e diária de sete), redução de 2,94%.
Quanto às vítimas fatais, em 2017 foram 51, mesma quantidade registrada em 2016. A Transerp informa que tem acompanhado as estatísticas de acidentes de trânsito no município de Ribeirão Preto e, desta forma, tem como meta a visão zero de acidentes, a partir do apoio ao Siga Consciente – programa do departamento de Educação de Trânsito da empresa, que possui diversas ações de orientação.