O volante Matheus Jussa é um daqueles jogadores com humildade ímpar. Aos 22 anos e com chances de se fixar como titular no Botafogo na reta final da fase de grupos e prosseguir no time no mata-mata, revelou se espelhar nos atletas mais experientes para ganhar experiência. “Quando olho para o Plínio [zagueiro e capitão], já entendo o que ele quer em campo e sonho um dia também ser capitão como ele de um time como o Botafogo”, afirma.
Jussa confessa que quando chegou ao tricolor comentou com familiares e amigos que ‘parecia nada saber sobre futebol’, mas que se inspirou nos colegas para crescer como atleta e também como pessoa. “O conselho dos experientes faz uma diferença muito grande”, explica.
No jogo contra o Tupi -MG, no sábado (14), quando o Pantera venceu de virada por 4 a 2, Jussa teve a oportunidade de começar jogando. E foi bem. Ele também considera que foi uma boa estreia, mas logo procura mudar de assunto e falar da sequência do campeonato em detrimento do futebol que apresentou em campo. “Daqui para frente só teremos finais, mesmo contra os times que lutam contra o rebaixamento”, considera.
É o caso do jogo do próximo domingo, às 15h30, contra o lanterna Joinville, em Santa Catarina. Se o Botafogo vencer já estará classificado para a fase seguinte da Série C e lutará nas últimas rodadas para alcançar uma boa posição no G4, do Grupo B. “Os times que estão ameaçados ainda podem escapar do rebaixamento, como é o caso do Joinville, então eles vão lutar para não cair”, diz.
O jovem volante revela que nos treinamentos se pega pensando em disputar jogos decisivos contra o Náutico, o Santa Cruz, por exemplo, ambos do Grupo A e que deverão chegar ao mata-mata. “Sonho em levantar títulos de grande expressão para o Botafogo,” revela.
Matheus Jussa, que pega forte na bola de perna esquerda, admite que precisa arriscar chutes de fora da área. “Meu pai vive pegando no meu pé para chutar, para aproveitar esse potencial. Mas prefiro tocar e dar assistência. Aos poucos vou me soltando e acho que vou chutar mais”, justifica.
Ciente da oportunidade que ganhou do técnico Léo Condé em um momento crucial do campeonato, Matheus Jussa sabe de suas responsabilidades e o que precisa fazer para que seu futebol cresça e apareça. “Não posso errar passe, deixar de marcar. Tenho que estar preparado para tudo,” reconhece.