Um dia após a negativa do PRP em apoiá-lo nas eleições deste ano, o pré-candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ainda tentar salvar a aliança do general Augusto Heleno (PRP) para tê-lo como vice.
O presidente nacional do PSL, Gustavo Bebianno, viaja nesta quinta-feira, 19 para São Paulo, onde tentará um encontro com o presidente do PRP, Ovasco Resende. Em Goiânia, no entanto, onde cumpre agenda de pré-campanha, o deputado ironizou a dificuldade em encontrar aliados.
Resende confirmou que Bebianno entrou em contato com representantes do partido em Brasília, ligados à Bolsonaro, para perguntar se ele o receberia. “Eu disse para o pessoal do PRP-DF que atenderia Bebianno, assim como atenderia qualquer presidente nacional sem problema nenhum. Eu administro o partido, não posso falar não. Devo atender a todos, como estamos fazendo”, disse.
Mais cedo, Bolsonaro declarou em sua conta no Twitter jamais ter firmado compromisso com os partidos que rejeitaram a aliança com o PSL. “O nosso partido é o povo e não os líderes partidários que representam o atual sistema no Brasil”, afirmou na rede social.
Viagem
Em Goiânia, o deputado ironizou a falta de acordo para conseguir alianças eleitorais. “Eu não quero apoio para 2018, não. Quero para 2022, porque 2018 já era”, afirmou o militar reformado em tom de brincadeira após ouvir de aliados que ele “já estava eleito” neste ano.
Líder nas pesquisas de intenção de voto em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro enfrenta dificuldades para angariar apoio de outros partidos. Em menos de 48 horas, teve frustrada a negociação com o PR do ex-deputado Valdemar Costa Neto e com o nanico PRP – legenda do general da reserva Augusto Heleno Ribeiro, cotado até então como vice na chapa.
Janaina
Filiada ao PSL, a advogada Janaina Paschoal, uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff e cotada para ser vice na chapa do presidenciável de seu partido, Jair Bolsonaro, disse na manhã desta quinta-feira, 19, em entrevista à Rádio Eldorado, que ainda não recebeu nenhum convite para essa empreitada. “Não tenho como responder (se aceita ou não ser vice na chapa de Bolsonaro) porque nada me foi perguntado”, disse. Ela, contudo, se mostrou otimista com a possibilidade, dizendo: “Se essa dupla acontecer, será para revolucionar o País.”