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Terminal da Catedral – Reforma deve ficar pronta em outubro

A reforma das três platafor­mas de embarque e desembar­que de passageiros no entorno da Praça das Bandeiras, na re­gião central da cidade – duas na rua Américo Brasiliense e uma na Visconde de Inhaúma –, já começaram e devem terminar em outubro, segundo previsão da Secretaria Municipal de Pla­nejamento e Gestão Pública da prefeitura de Ribeirão Preto e do Consórcio PróUrbano, res­ponsável pela obra, orçada em R$ 600 mil.

A reforma começa com cerca de dois meses de atraso, segundo previsão da Secretaria Municipal de Obras Públicas – a expectativa era que a obra tivesse início em meados de maio. O projeto executivo foi aprovado pelo Conselho de De­fesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turís­tico (Condephaat), órgão vin­culado à Secretaria de Estado da Cultura, em 4 de dezembro. As estações deveriam ter sido entregues em 2015, segundo o contrato de concessão.

A plataforma da Visconde de Inhaúma está praticamente pronta. O trabalho mais exten­so acontece na Américo Brasi­liense. A obra será bancada pelo Consórcio PróUrbano. A pre­visão é entregar as plataformas para os usuários dentro de no máximo 80 dias. A intervenção começou depois de muita po­lêmica. As alterações sugeridas pela prefeitura de Ribeirão Pre­to foram aprovadas pelo Con­dephaat no final do ano passa­do, mas a reforma só começou agora. Construídas em 2016, as estações não foram inauguradas por causa de divergências entre o projeto que havia sido aprova­do pelo órgão de defesa do patri­mônio e as obras realizadas.

As alterações autorizadas pelo conselho estadual vão am­pliar a altura das plataformas, que passará de 3,90 metros para entre 4,40 metros e 4,70 me­tros – para que não atrapalhe o tráfego de veículos de maior porte –, além da troca dos vi­dros fumê dos fundos das pla­taformas por translúcidos, co­locados em zigue-zague, como prevê o projeto original.

A lâmina de cobertura teve sua colocação com caimento in­vertido para que a água da chu­va escoe pela praça. Neste caso foi autorizada a manutenção da forma como está. Também será mantida a viga metálica de travamento à meia altura (não existente no projeto) em todo perímetro da edificação. A trava serve para dar mais segurança à edificação, ao evitar que possa ocorrer qualquer acidente em caso de ventos fortes.
Em dezembro, o Consór­cio PróUrbano confirmou, por meio de nota, que bancaria as alterações assim que fosse noti­ficado: “O Consórcio PróUrba­no, pensando unicamente nos seus clientes, assumirá por mera liberalidade as alterações neces­sárias para resolver a questão. Lembrando que as estações fo­ram construídas de acordo com orientações e determinações da administração municipal que, inclusive, aceitou as obras”.

Uma falha na execução das obras da Estação Catedral dei­xou as três plataformas com a cobertura entre 15 e 80 centí­metros mais baixas do que o previsto no projeto. De acordo com o Consórcio PróUrbano, responsável pela obra, já foram gastos R$ 3,48 milhões nas es­tações. As alterações foram fei­tas a pedido do governo Dárcy Vera (sem partido) e, segundo o grupo concessionário, custaram mais do que o previsto.

Mesmo assim, o consór­cio se comprometeu a investir mais R$ 600 mil para que as plataformas possam ser utili­zadas, o que deve ocorrer entre cinco e seis meses, em meados de 2018. Além do problema da altura da cobertura, em com­paração com a proposta origi­nal, as plataformas não contam com paredes laterais envidra­çadas e com as catracas de aces­so aos ônibus.

Para viabilizar o aumento na altura das estações foi neces­sária a remoção de sete árvores que estavam com seus troncos dentro das edificações. A retira­da foi autorizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mediante o plantio de 350 es­pécimes nas praças da Catedral Metropolitana de São Sebastião, das Bandeiras, Carlos Gomes e outros locais públicos.
Em 20 de janeiro, 17 das 39 linhas que passam pelo ponto de ônibus em frente à Catedral Me­tropolitana de São Sebastião, na rua Florêncio de Abreu, na Pra­ça das Bandeiras, foram transfe­ridas para a Prudente de Morais – dois quarteirões acima. Os pontos na rua Lafaiete, próximo ao Palácio Episcopal, também foram deslocados.

A mudança afetou 29,3% das linhas da região – são 58 em todo o entorno. A alteração atende à reivindicação da Igreja Católi­ca, que há anos tenta impedir a construção de uma plataforma no lugar do ponto de ônibus que existe no local, alegando que o tráfego pesado causa rachaduras no templo, tombado como pa­trimônio histórico.

A Catedral Metropolitana de São Sebastião também vai passar por uma ampla obra de reforma e restauração, orçada em R$ 3 milhões. A Igreja Ca­tólica já lançou uma campanha para angariar recursos. O prédio histórico tem rachaduras e infil­trações causadas pelo fluxo de veículos na região. A interven­ção deve começar em 2019.

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