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Os desafios de estudar ansiedade (5)

Nas duas últimas décadas, todas as pessoas praticamen­te ouviram falar de IE. Como um novo conceito, IE obteve êxito popular e interesse para tematizar vários livros, dentre os quais alguns best-sellers, bem como, suscitou diversas entrevistas nos meios de comunicação de massa, chegando a palestras em escolas, universidades e organizações sociais e trabalhistas. Um exemplo típico? O consorsium capitaneado por Daniel Goleman, popularizado e vendido em centenas de países. IE tornava-se, então, tão popular que viabilizou desde a contratação de personal training para melhor o Quociente Emocional (QE) de adultos e crianças até de funcionários.

A rigor, IE envolve também muitos aspectos de inte­ligência social, das habilidades inter e intrapessoais e do julgamento social. Com isso, o conceito de IE acentua um conjunto específico de habilidades inseridas no contexto daquelas que são amplamente incorporadas pela noção de inteligência social. De fato, lidar com emoções certamente tem importantes implicações para as relações sociais, além do que as emoções também contribuem significativamente para outros aspectos da vida. Cada um de nós tem neces­sidade de estabelecer prioridades, orienta-se positivamen­te em relação aos desafios futuros e reparar sentimentos negativos antes que eles adentrem na espiral de fatores de depressão e de ansiedade.

Mas, afinal, o que é IE? Ela tem sido definida como a habilidade para monitorar os nossos próprios sentimentos e emoções, bem como, os de outros; Para discriminar entre es­tes sentimentos e utilizar as informações então geradas como guias de nossas ações e pensamentos. Em outras palavras, IE consiste, especificamente, na habilidade para perceber e expressar emoções, para utilizá-las e entendê-las, assim como, para manipulá-las com o propósito de crescimento pessoal. Teoricamente, o constructo de IE tenta integrar os campos da inteligência e da emoção, caracteristicamente opostos no modelo do dualismo cartesiano.

IE também promove a ideia de que nossas emoções são fontes valiosas de informação, podendo nos auxiliar na solu­ção de problemas, especialmente a partir de uma perspectiva educacional. IE é caracterizada como um conjunto de habi­lidades que podem ser aprendidas de tal forma que IE seja enfatizada como uma atividade.

Atualmente, há um consenso de que a IE é uma habilida­de individual para lidar com as emoções e que seu domínio deveria incluir as seguintes quatro dimensões: 1ª) habilidade para perceber com acurácia as emoções, 2ª) habilidade para usar as emoções com o propósito de facilitar o pensamento e o raciocínio 3ª) habilidade para entender as emoções, em especial, a linguagem destas e 4ª) habilidade para manipular e controlar as emoções, sejam estas as de nós mesmos como as de outrem. Esse modelo propõe que os indivíduos diferem quanto a essas habilidades e que tais diferenças podem ser mensuradas ocasionando conseqüências no lar, na escola, no trabalho, nas relações sociais e em outras tantas arenas da vida. Em suma: que as emoções constituem o sal da vida.

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