A menos de um mês para o início das convenções partidárias, auxiliares do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato à Presidência pelo PSDB, elegeram o DEM como o parceiro prioritário neste momento na costura por apoios para a eleição presidencial.
A expectativa é de que o DEM suba no palanque tucano logo após a Copa do Mundo, o que abriria caminho para adesões de outros partidos do centro, como o Solidariedade e o PRB. O presidenciável do PSDB vai jantar nesta quarta-feira, 4, em Brasília, com líderes das três siglas. O encontro, marcado para ocorrer na residência de Marcus Pereira, presidente do PRB, é considerado decisivo por tucanos. Ainda nesta semana, Alckmin deve ter conversas reservadas com os principais caciques do DEM para tratar de alianças estaduais que podem abrir caminho para um acordo nacional.
Superada essa etapa, o DEM vai abrir um debate interno sobre nomes que podem ser indicados como vice na chapa de Alckmin. O PSDB está agindo com cautela para não melindrar os possíveis aliados e, por isso, deixa em aberto o posto de vice.
As declarações do ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO) favoráveis à dobradinha entre Alckmin e Henrique Meirelles (MDB) na eleição não foram combinadas com o ex-governador, mas não lhe desagradaram. A fala de Perillo, que assumiu a coordenação política da pré-campanha, foi vista como gesto necessário ao mercado e, ao mesmo tempo, ao MDB, que voltou ao radar de Alckmin.
FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso enumerou nesta terça-feira, 3, algumas qualidades do ex-governador Geraldo Alckmin, mas ressaltou que o ex-governador de São Paulo precisa fazer com que o eleitorado sinta que tem essas qualidades. “Ele tem que ter a capacidade de fazer com que a população sinta que ele tem essas qualidades. Se não tiver, não adianta”, disse, em Brasília.