Tribuna Ribeirão
Política

Perillo sugere Meirelles como vice de Alckmin

Antonio Cruz/Agência Brasil

Coordenador da pré-campanha do ex-governador paulista Geraldo Alckmin à Presidência da República, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo sugeriu nesta segun­da-feira, 2, uma aliança com o MDB para que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles dispute a eleição como candi­dato a vice-presidente na cha­pa do tucano. À reportagem, Meirelles rejeitou a proposta e sugeriu que o PSDB pode apoi­á-lo no segundo turno.

“O momento agora é de um líder democrático como o Alckmin e seu partido, PSDB, mais as lideranças po­líticas e um expressivo repre­sentante de mercado com vi­vência e experiência política como é Henrique Meirelles”, disse Perillo durante palestra a investidores do mercado financeiro na sede da XP In­vestimentos, em São Paulo.

A declaração foi o primeiro aceno explícito da campanha tucana a Meirelles e ao MDB depois da chegada de Perillo ao comando político da pré-cam­panha de Alckmin. O ex-go­vernador paulista, porém, tem reiterado que não fará defesa do governo Michel Temer – um requisito do Planalto.

Perillo afirmou que um acordo entre Alckmin e Meirel­les seria uma “inovação” e que ambos poderiam ser “os fiado­res e comandantes de uma nova aliança que garanta desenvolvi­mento, crescimento econômico e o resgate do nosso Estado de Direito democrático”. Ele tam­bém avaliou que PSDB e PT devem retomar a polarização ao longo da campanha. Perillo citou também a aliança costura­da em 2002 pelo ex-presidente Lula (PT) que levou o empresá­rio José de Alencar à vice (PL, atual PR). O tucano disse que Lula conseguiu “acalmar os âni­mos do mercado” e “comandar um voo seguro para uma rota de desenvolvimento que durou até 2010”

MDB
Meirelles ainda enfrenta resistências no MDB para se sagrar candidato ao Planalto. Ele tem feito um périplo a di­retórios regionais do partido. Nesta terça-feira, a executiva do MDB se reúne em Brasília para discutir, oficialmente, a divisão dos recursos públicos do Fundo Eleitoral recebidos pela sigla – R$ 234 milhões. A cúpula do MDB trabalha com a previsão de que Meirel­les poderá financiar a própria campanha. Os emedebistas dizem que não vão debater sobre a manutenção da pré-candidatura de Meirelles à Presidência da República.

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