Tribuna Ribeirão
Economia

LDO prevê salário mínimo de R$ 1.002,00 para 2019

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O projeto de Lei de Dire­trizes Orçamentárias (LDO) de 2019 foi apresentado pelo senador Dalírio Beber (PSDB -SC). O parecer será votado na sessão desta quarta-feira, 4 de julho, da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Apesar da polêmica em torno da previ­são do salário mínimo previsto para o ano que vem 2019, o va­lor de R$ 1.002 foi assegurado pelo ministro do Planejamen­to, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago. Nota técnica da comissão diminuía a previ­são para R$ 998. Neste ano, está em R$ 954.

Em relação ao salário míni­mo atual (R$ 954), o valor do próximo ano representa um au­mento nominal de 5,03%, com aporte de R$ 48. Descontada a projeção de inflação feita pelo próprio Executivo para 2018 – segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC de 4%) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, o aumento real seria de 1%. O novo valor impacta o Orça­mento em R$ 16,8 bilhões, pois despesas com benefícios previ­denciários e assistenciais estão vinculados ao salário mínimo. Segundo o Ministério do Pla­nejamento, o mínimo deve su­bir para R$ 1.076 em 2020 e R$ 1.153 em 2021.

A elevação do benefício em 2018, fixada pelo governo em 1,81%, foi a menor desde a criação do Plano Real em 1994 e ficou abaixo do resultado do INPC, que subiu 2,07% no ano passado. Pela primeira vez des­de 2011 o reajuste foi inferior à inflação acumulada nos últimos doze meses. Segundo o Sindica­to Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sind­napi), ligado à Força Sindical, o salário mínimo deveria ser fixa­do em R$ 958 este ano – 0,42% acima, R$ 4 a mais por mês.

O salário mínimo também é o valor de cerca de dois terços das aposentadorias no País. A primeira estimativa do gover­no previa o valor de R$ 979 para este ano, mas essa proje­ção foi sendo revista ao longo de 2017, para R$ 969 e depois para R$ 965. O valor definitivo, porém, ficou ainda menor. Pelo cronograma, a votação do rela­tório final deve ocorrer no dia 10 de julho na comissão. O tex­to da LDO precisa ser votado pelos parlamentares, em sessão do plenário do Congresso Na­cional, até dia 17.

Caso não seja votado até essa data, pode inviabilizar o recesso parlamentar, que vai de 17 de julho a 1º de agosto. A data está prevista na Constitui­ção, que determina ainda que o Congresso Nacional não pode entrar em recesso enquanto não aprovar a nova LDO. A proposta prevê que o gover­no gastará R$ 635,4 bilhões no próximo ano para pagar os benefícios do Instituto Nacio­nal do Seguro Social (INSS), um valor que é R$ 43,1 bilhões (7,27%) maior que o previsto para 2018. O pagamento de salários do funcionalismo e encargos sociais soma mais R$ 321,983 bilhões.

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