Tribuna Ribeirão
Economia

Conta de luz – Bandeira vermelha continua em julho

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anun­ciou nesta sexta-feira, 29 de junho, que as contas de luz vão continuar com a bandeira ver­melha em seu segundo pata­mar no mês de julho. Neste ní­vel, a partir deste domingo (1º), a tarifa continua com adicional de R$ 5 a cada 100 quilowatt­s-hora (kWh) consumidos. É o segundo mês consecutivo em que a bandeira vermelha em seu segundo patamar vigora. De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional. Em maio, foi adotada a bandeira amarela, que adicionava R$ 1 a cada 100 kWh consumidos.

De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira ver­melha patamar 2 em julho se deve às condições hidrológicas desfavoráveis e à tendência de redução no nível de armaze­namento dos principais reser­vatórios do País. Essa situação elevou o risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD), indicadores que determinam a cor da bandeira.

O sistema de bandeiras ta­rifárias leva em consideração o nível dos reservatórios das hi­drelétricas e o preço da energia no mercado à vista. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consu­midos. No primeiro patamar da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3 a cada 100 kWh. E, no segundo patamar da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5 a cada 100 kWh.

O sistema de bandeiras tari­fárias sinaliza o custo da energia gerada e tem o objetivo de pos­sibilitar aos consumidores o uso consciente de energia elétrica. Anteriormente, o custo da ener­gia era repassado às tarifas uma vez por ano, no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidên­cia da taxa básica de juros, a Se­lic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao con­sumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz. A Aneel deverá anunciar a ban­deira tarifária que vai vigorar no mês de agosto no dia 27 de julho.

Em abril, a Aneel aprovou reajuste médio de 16,90% nas tarifas da CPFL Paulista, que atende 4,3 milhões de unidades consumidoras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil somente em Ribeirão Preto. Para consumidores conectados em alta tensão (indústrias), o aumento foi de 11,11%, e para a baixa tensão, a elevação ficou em 20,17% – os imóveis residenciais entram nesta faixa e, segundo a reguladora, o aumento para este grupo foi de 19,84%.

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