O Facebook resolveu rever o seu controverso banimento de anúncios relacionados a criptomoedas. Válida desde o final de janeiro, a proibição foi agora substituída por um processo de cadastramento de anunciantes – de forma que, até segunda ordem, qualquer um que queira promover produtos ou serviços ligados às moedas virtuais deverá formalizar um pedido à equipe da rede social.
De acordo com publicação oficial do site, qualquer anunciante em potencial deve fornecer provas inequívocas da legalidade do negócio a ser promovido via anúncio. Nisso se incluem “as licenças que tenham obtido, se eles negociam em bolsas de valores, além de outros documentos que embasem publicamente seus negócios”. Apenas após as análises do referido material é que será emitida uma permissão para veicular a publicidade em questão.
Ademais, a liberação deve valer também para outras localidades virtuais em que o Facebook distribui seus anúncios. Aí se incluem o Instagram e a Audience Network, entre outros.
Um porquinho virtual bem gordo
Embora o banimento de criptomoedas tenha soado como uma medida extrema, é bom lembrar que o Facebook deixou claro na ocasião que se tratava apenas de uma medida paliativa. Basicamente, um recurso emergencial, a fim de que “produtos financeiros e serviços frequentemente associados a práticas promocionais enganosas” fossem contidos até segunda ordem. Ou, até que um método mais eficaz para separar o joio do trigo fosse encontrado.
Seja como for, é fácil entender o porquê de a revisão ocorrer neste momento. Embora conter a exploração desmedida provocada pela alta do Bitcoin ao final de 2017 fosse necessária, o quinhão das criptomoedas – e dos anúncios a elas relacionados – é polpudo demais para ser ignorado. De fato, o próprio Facebook conta atualmente com uma equipe devotada ao blockchain (a tecnologia por trás do Bitcoin). É uma indústria que cresce a olhos vistos, afinal.