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Economia

Ribeirão Preto – Emprego formal desacelera em maio

O Ministério do Trabalho divulgou nesta quarta-feira, 20 de junho, os números do Ca­dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Se­gundo a pasta, Ribeirão Preto fechou o primeiro quinque­mestre com saldo positivo, mas o resultado do mês passado in­dica desaceleração. Dos cinco principais setores da economia local, apenas os serviços fecha­ram no “azul”.

Segundo o Caged, o supe­rávit deste ano é de 3.052 va­gas formais, mas a soma dos resultados de janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589) e maio (233) indica 2.851 vagas. A diferença é de 201 carteiras assinadas. Como os saldos por setores batem com os resultados dos meses, o Tribuna considera este total.

Assim, o superávit na cida­de no primeiro quinquemestre é oito vezes superior ao de 344 postos abertos no mesmo pe­ríodo do ano passado, acrés­cimo de 2.514. O resultado é o melhor desde 2014, quan­do a cidade fechou os quatro primeiros meses do ano com 4.088 novos contratos de traba­lho, 43,4% acima do atual, com 1.237 vagas a mais. Em 2015 houve déficit de 652 empregos e em 2016, de 929.

A geração de 233 empregos formais em maio é 547,2% su­perior ao saldo de 36 vagas do mesmo período de 2017, ou 197 a mais. Em relação a abril deste ano, quando os principais setores da economia criaram 589 postos de trabalho, houve retração de 60,4%, com 356 carteiras assinadas a menos. O resultado de maio também é o melhor para o mês desde 2012, quando a cidade registrou su­perávit de 401 contratos – o atual é 41,9% inferior, com di­ferença de 168 empregos. Em 2013, 2014, 2015 e 2016 os sal­dos foram negativos para o pe­ríodo, com déficits de 34, 247, 851 e 285, respectivamente

Dos cinco principais seto­res da economia local, apenas os serviços fecharam o mês passado no “azul” – comércio, construção civil, indústria e agropecuária registraram défi­cit. O resultado do mês passa­do é fruto de 7.871 admissões e 7.638 demissões. Nos últimos doze meses, o saldo também é positivo, de 3.621 postos de trabalho – 90.913 contratações e 87.292 dispensas. No quin­quemestre, foram 41.059 novos contratos e 38.007 rescisões, mas o saldo de 3.052 não bate com os balanços mensais.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo positivo de 915 novas vagas, o melhor re­sultado desde 2014, quando a cidade registrou superávit de 1.583 carteiras assinadas – fruto de 127.654 admissões e 126.071 demissões. Em 2017, os principais setores da econo­mia ribeirão-pretana consegui­ram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a geração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%.

Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado re­gistrado pela economia de Ri­beirão Preto ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empre­gos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da As­sociação Comercial e Indus­trial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.

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