Nesta quarta-feira, 13 de junho, a Igreja de Santo Antônio de Pádua, nos Campos Elíseos, ficou lotada o dia inteiro. Os devotos do santo casamenteiro compareceram às missas que ocorreram nos períodos da manhã e da tarde e aproveitaram para a tradicional benção dos pães. À noite teve procissão. No trecho da rua Paraíba, entre as ruas Goiás e Amazonas e defronte à igreja, atrás da praça Santo Antônio, os fiéis participaram da quermesse que começou no último sábado (9).
A festa junina prossegue neste final de semana, na sexta-feira (15) e sábado (16), a partir das 18h30. A entrada é franca. A Igreja Católica celebra o Dia de Santo Antônio nesta data. Cerca de 20 mil pãezinhos foram abençoados, isso sem contar aqueles que foram levados pelos próprios devotos do santo. Dizem que quem guarda o pão abençoado em uma lata tem alimento garantido o ano inteiro.
A história do “pão de Santo Antônio” remonta a um fato curioso que é assim narrado: “Antônio comovia-se tanto com a pobreza que, certa vez, distribuiu aos pobres todo o pão do convento em que vivia. O frade padeiro ficou em apuros, quando, na hora da refeição, percebeu que os frades não tinham o que comer: os pães tinham sido ‘roubados’. Atônito foi contar ao santo o ocorrido. Este mandou que verificasse melhor o lugar em que os tinha deixado. O irmão padeiro voltou estupefato e alegre: os cestos transbordavam de pão, tanto que foram distribuídos aos frades e aos pobres do convento”.
Batizado de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo, nasceu em Lisboa, em 1195, e morreu próximo à cidade de Pádua, na Itália, aos 36 anos. Santo Antônio começou a trajetória religiosa na Congregação dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, em Lisboa, mas aderiu à causa franciscana e se tornou um missionário. Seus sermões ficaram conhecidos pela simplicidade e clareza. O santo lutava pela justiça e pela valorização dos humildes. Apesar de não existir nenhum registro sobre casamentos, Santo Antônio ficou popular por ajudar mulheres a acharem um marido, sendo considerado o “santo casamenteiro”. Santo Antônio recebe dois títulos reconhecidos mundialmente: Santo Antônio de Lisboa (onde nasceu) e Santo Antônio de Pádua (local onde morreu).
A procura pelo “santo casamenteiro” deve ter aumentado na cidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios cresceu em Ribeirão Preto em 2016, em comparação com 2015, e o de casamentos caiu no mesmo período, inclusive o de união homoafetiva. Os dados são da pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2016, divulgada em novembro.
Segundo o IBGE, em 2015 Ribeirão Preto registrou 4.443 matrimônios, contra 4.303 de 2016, queda de 3,15% e 140 casamentos a menos. Já a quantidade de divórcios saltou de 297 para 412, alta de 38,7% e 115 separações a mais. Em relação às uniões entre pessoas do mesmo sexo, a redução foi de 48,3%, de 60 para 31. Em 2015, a cidade registrou 30 uniões entre homens e outras 30 entre mulheres. No ano passado caiu para nove e 22, respectivamente. Esse tipo de união não é reconhecida pela Igreja Católica.