A partir de março do ano que vem, Ribeirão Preto terá 100% de água tratada, 100% de esgoto coletado e 100% de esgoto tratado. Segundo ranking de acesso a saneamento básico, divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) nesta quarta-feira, 13 de junho, a cidade ocupa a 13ª posição entre aos municípios de grande porte e a 17ª no geral. Também está entre as dez melhores do estado de São Paulo.
No índice divulgado neste ano, apenas quatro municípios – São Caetano do Sul, Piracicaba, Santa Fé do Sul e Uchoa – atingem nota máxima no ranking. Ribeirão Preto aparece em 13º lugar na classificação geral após ter subido 17 posições, já que no ano passado ocupava o 30º lugar. Na classificação de 2017, Ribeirão Preto somou 470,83 pontos, e agora soma 497,40. A cidade saiu do patamar de “compromisso com a universalização” para “rumo à universalização”.
Para chegar à pontuação, o levantamento considera o abastecimento de água, a coleta de esgoto, o tratamento de esgoto, a coleta de lixo e a destinação adequada de resíduos sólidos. O resultado é a soma dos pontos nos cinco quesitos. Ribeirão Preto tem 99,4 pontos em abastecimento de água, 98 pontos em coleta de esgoto e 100 nos demais serviços.
“Vamos chegar aos 100 pontos em todos os serviços e levar Ribeirão Preto aos primeiros lugares do ranking. Com o final da implantação da rede de interceptores de esgoto e coleta de 100%, teremos também tratamento de 100% e 100% de abastecimento de água. Uma cidade 300%”, afirma o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB).
Para ele, a busca de melhoria neste setor é uma prioridade do governo. “Não apenas para colocar a cidade onde ela merece, mas para dar a devida importância ao saneamento básico para a cidade e para a saúde das pessoas”, diz o prefeito. O superintendente do Departamento de Água e Esgotos (Daerp), Afonso Reis Duarte, explica que os dados já fazem parte das informações fornecidas no ano passado, por técnicos da autarquia.
A autarquia já chegou a ser acusada, em gestões passadas, de fornecer informações incorretas aos organismos de controle dos serviços de saneamento. “Estamos recuperando a credibilidade do Daerp, com uma gestão estritamente técnica e voltada a cumprir todas as etapas para colocar o saneamento de Ribeirão Preto em destaque nacional, com ótimos índices de prestação de serviços, tanto de tratamento e abastecimento de água quanto coleta e tratamento de esgoto”, comenta Duarte.
Ele se refere ao “Ranking de Saneamento Básico das 100 Maiores Cidades 2018”, do Instituto Trata Brasil. Neste levantamento, Ribeirão Preto passou do 22º lugar em 2015 para o 21º em 2016 – em 2014 era o oitavo. A nota total – com avaliação que abrange abastecimento de água e tratamento de esgoto, rede instalada, desperdício, arrecadação, investimento e outros tópicos relacionados ao tema e que pode ser de no máximo 10 – teve leve alta, de 7,97 para 7,99. Em 2014 era de 8,74.
O resultado de 2016, em divulgado em abril e antecipado pelo Tribuna, é o segundo pior desde 2013, quando Ribeirão Preto ocupava a 15ª colocação – foi 10ª em 2012, nona em 2011 e 13ª em 2010. Os dois levantamentos têm por base dados de 2016 do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS). No Trata Brasil, as gestões anteriores do Daerp foram acusadas de “maquiar” informações sobre desperdício de água.
O ranking – Segundo o levantamento de 2018 da Universalização do Saneamento, de 1.894 cidades avaliadas, 1.613 ou 85% do total ainda estão longe de oferecer saneamento básico para toda a população. Somente 80 municípios (Ribeirão Preto entre elas), cerca de 15%, atingiram a pontuação para serem classificados na categoria mais alta – “Rumo à universalização” –, e as únicas que receberam nota máxima (500 pontos), por terem alcançado 100% da população em todos os serviços de saneamento básico foram São Caetano do Sul, Piracicaba, Santa Fé do Sul e Uchoa, todas no estado de São Paulo.
O ranking avaliou nesta edição 1.894 municípios de todas as regiões do país, o que corresponde a 34% do total e 67% da população do país. O levantamento reuniu os últimos dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações de Saneamento, do Ministério das Cidades. O levantamento apresenta o percentual da população das cidades brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos e o quanto desses resíduos recebem destinação adequada.
Ranking Abes das ‘cidades grandes’
1) São Caetano do Sul (SP) – 500,00 pontos
2) Piracicaba (SP) – 500,00 pontos
3) Curitiba (PR) – 499,99 pontos
4) Poá (SP) – 499,98 pontos
5) Santos (SP) – 499,87
6) Cascavel (PR) – 498,99 pontos
7) Maringá (PR) 498,18 pontos
8) Leme (SP) – 497,84 pontos
9) Franca (SP) – 497,83 pontos
10) Pindamonhangaba (SP) – 497,73 pontos
11) Sertãozinho (SP) –497,68 pontos
12) Catanduva (SP) – 497,60 pontos
13) Ribeirão Preto (SP) – 497,40 pontos