Tribuna Ribeirão
Cultura

Pedro II recebe João Bosco

O cantor, compositor e vio­lonista João Bosco traz para Ribeirão Preto nesta quarta­-feira, 13 de junho, o show da turnê de lançamento seu mais recente álbum, “Mano que zue­ra” que já está nas plataformas físicas e digitais (via MPB Dis­cos/Som Livre) desde setem­bro de 2017, quando chegou ao mercado. A apresentação será às 20h30, no Theatro Pe­dro II, na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas apenas 1,3 mil lugares estão liberados. Mais informações pelo telefone (16) 3977-8111.

Aos 71 anos, o artista chega a Ribeirão Preto acompanhado de um trio de instrumentis­tas. Após uma série de apre­sentações somente ao violão, o artista volta aos palcos na companhia de músicos expe­rientes e de destaque como Ri­cardo Silveira (guitarra), Kiko Freitas (bateria) e Guto Wirtti (contrabaixo). No repertório do show, João Bosco mistura grandes sucessos da carreira e canções do novo disco. A apre­sentação também celebra o Grammy Latino recebido pelo artista em novembro de 2017 pelo conjunto de sua obra.

João Bosco tem cerca de 30 discos gravados. Natural de Ponte Nova (MG), foi em Ouro Preto (MG) que conhe­ceu o poeta Vinícius de Mora­es e passou a trilhar sua carrei­ra musical. Em 1970, ao mudar para o Rio de Janeiro, iniciou a parceria com Aldir Blanc, foi gravado por Elis Regina e re­gistrou seu primeiro disco, o compacto simples editado pelo Jornal Pasquim, em 1972, com a faixa “Agnus Sei”.

Havia oito anos que ele não produzia um disco, desde “Não vou pro céu, mas já vivo no chão” (2009), último CD de inéditas do artista mineiro. Em 2012 lan­çou o projeto “João Bosco – 40 anos depois”, reunindo sucessos de ser repertório e convidados como Chico Buarque, Milton Nascimento e João Donato. Para João Bosco, na verdade, o inedi­tismo de uma canção está ligado às muitas possibilidades que ela tem de se reinventar.

“Eu tenho um ponto de vista um pouco diferente das pessoas que acham que música inédita é uma música que ain­da não foi gravada. Acho que música inédita é aquela que um músico, um intérprete, um ar­ranjador, transforma em outra coisa. A canção nunca se esgo­ta da primeira vez. Há sempre a possibilidade de você procu­rar novos limites e eu sempre fiz isso nos meus discos”, disse em entrevista recente.

“Depois do projeto de 2012, agora vem o disco inédito, ‘Mano que zuera’, mas não esta­va há oito anos sem compor. Sou um autor que vem trabalhando o ineditismo, mas que também busca outras possibilidades, ou­tras cores que as canções podem dar. São canções vigorosas de grandes autores brasileiros que considero fonte limpa onde você bebe, sacia a sua sede, e que nunca seca”, emenda.

A nova safra começou a ser conhecida com o lança­mento do single “Onde estiver”, parceria com o filho Francisco Bosco inspirada no estilo Bob Dylan de contar histórias, do qual ambos são admiradores. Com Francisco, João assina ou­tras quatro inéditas, incluindo a faixa título, “Fim”, “Nenhum fu­turo” e “Quantos rios”. Três can­ções conhecidas ganharam no­vas versões, uma delas “Sinhá”, composta com Chico Buarque, gravada no álbum anterior do parceiro de João Bosco.

Aqui ela aparece em novo arranjo, para o qual Bosco re­crutou o violão 7 cordas de Marcello Gonçalves, o bando­lim de Luis Barcelos e o vio­lão de Ricardo Silveira. “João do Pulo”, parceria com Aldir Blanc gravada originalmente há 30 anos no álbum “Cabeça de Nego”, e uma versão instru­mental para “Clube da esquina nº 02” (Milton Nascimento, Lô Borges e Marcio Borges) sur­gem interligadas, em uma só faixa do álbum. Em gravação de voz e violão, João incluiu no novo álbum a obra-prima “Coi­sa nº 02”, do arranjador, compo­sitor e maestro Moacir Santos.

A parceria Bosco-Blanc esta de volta no samba “Duro na queda”, clássica representante da nobre linhagem da dupla. “Pé de vento” inaugura colaboração com o compositor Roque Fer­reira, que teve Maria Bethânia como madrinha. Foi a cantora quem aproximou João de Ro­que quando lhe pediu um arran­jo para uma canção do baiano. “Sem saber que foi Bethânia quem nos aproximou, Roque termina o samba citando Oyá. Como a gente sabe, ela é a me­nina dos olhos de Oyá”, ressalta.

Arnaldo Antunes, com quem João já queria compor há tempos, é o parceiro em “Ultra leve”, canção solar que propõe um sobrevoo para além dos car­tões-postais do Rio de Janeiro. A gravação conta com os vocais da filha Julia Bosco, em um dueto que ganhou um videoclipe. Ain­da celebrando os 70 anos, Bos­co lança “Mano que zuera” em meio à homenagem da Acade­mia Latina da Gravação: no dia 15 de novembro passado, em Las Vegas (EUA), recebeu o Prê­mio à Excelência da Obra, parte importante das celebrações do Grammy Latino 2017.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira), R$ 15 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudan­te e servidor da escola pública com comprovante) e R$ 9 (tra­balhador no comércio de bens, serviços e turismo credencia­dos no Sesc e seus dependentes – credencial plena) para todos os setores – plateia, frisa, balcão nobre, balcão simples e galeria. Estãomà venda na rua Tibiriça nº 50, telefone (16) 3977-4477. O show não é recomendado para menores de 12 anos.

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