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Santuário das Sete Capelas: local de paz e fé

Fabiano Ribeiro

Um refúgio, um ponto tu­rístico pouco explorado, um local de fé… Dependendo da visão, qualquer uma das afir­mações acima se encaixa para descrever o Santuário das Sete Capelas, no Morro do São Bento, em Ribeirão Pre­to. O local de fé que em 2017 completou 70 anos já foi mais visitado em décadas anterio­res, mas continua atraindo re­ligiosos diariamente.

A beleza natural, a arquitetu­ra das capelas e a tranquilidade são ingredientes para quem quer conhecer este ponto turístico da cidade. Dom Anselmo Sidnei, de 55 anos, da Ordem de São Bento e reitor do santuário tem auto­ridade de sobra para falar sobre o local. Desde 1985 ele trabalha nas Sete Capelas. Era auxiliar do saudoso Padre Bento. Em 1994, assumiu a reitoria.
Homem de muita calma, atende diariamente os fiéis que lá vão em busca de paz espiritu­al. Aos finais das missas, de se­gunda a sábado, às oito horas, e aos domingos, às 9h30, na maio­ria das vezes celebradas por ele, Dom Anselmo conversa, abraça e atende as pessoas.

“Alguns (padres) preferem celebrar a missa, entrar na sa­cristia e ir embora. Eu gosto dessa aproximação com as pes­soas. Procuro criar essa afetivi­dade com os fiéis. Percebo que é rotativo, nunca são os mes­mos”, explica.

Geralmente, segundo ele, as missas diárias atraem apro­ximadamente 70 pessoas. Aos domingos o número é multipli­cado por dez. “Diariamente a gente verifica a entrada de fiéis no santuário. A gente identifica pessoas que vem para a missa, outras preferem o seu momen­to de fé sozinhas em horários diferentes, tem quem vem pa­gar promessas e algumas, até pela tranquilidade, descansar do stress da cidade”, conta.

DOM ANSELMO com os fiéis após a celebração da missa

Segundo Dom Anselmo, ou­tra particularidade do santuário é que nem sempre são católicos. “Aqui é um local aberto. A aces­sibilidade é grande e invariavel­mente pessoas de várias religiões vêm para cá, o que é bom, por­que Deus é único”, prega.

O empresário Sérgio Sil­veira frequenta a sete capelas há 30 anos. “É um local de reflexão. Um local que você pode desfrutar de momentos de paz e encontro com você mesmo”, diz.

A professora Marina Pereira conta que encontrou no Santu­ário um refúgio. “Em particular, gosto das Sete Capelas, pois faz lembrar um filho meu que nas­ceu prematuro, com seis meses, mas faleceu com quatro dias. Não consegui ir ao enterro, en­tão no dia fui nas Sete Capelas rezar por ele. Foi uma emoção muito grande”, conta.

O jogador profissional de voleibol Fábio Paes é de Piraci­caba, mas conheceu o Santuário por indicação da mãe dele. “Fui lá umas três ou quatro vezes na temporada (ano passado). Sin­to que lá é um lugar de muita paz. Vou para me conectar com Deus/Jesus. Também para agra­decer”, revela.

Romaria
De acordo com Dom Ansel­mo há algumas décadas havia muitas romarias e mais visitas de fiéis. “Acredito que muitas igrejas foram construídas nos bairros e as pessoas preferem ficar na co­munidade, perto de casa. Essa queda começou por volta dos anos 2.000. Também diminuí­ram as romarias, mas elas ainda acontecem. Sempre recebemos caravanas de cidades vizinhas e até de locais distantes, como Mi­nas Gerais e Goiás”, ressalta.

Casamentos e batizados
Apesar dessa diminuição no fluxo de pessoas a procura por cerimônias de casamentos e ba­tizados é grande. Outro aspecto é que essas celebrações são di­ferentes nas Sete Capelas. Dom Anselmo explica que elas são simples e com poucas pessoas. “Os casamentos foram retoma­dos a pouco tempo. Mas são ce­rimônias marcadas pela simpli­cidade com poucos convidados. Isso é limitado. Os batizados, por exemplo, enquanto algumas paróquias fazem 30 a 40 de uma vez, aqui se faz quatro”, finaliza.

O Santuário das Sete Capelas faz parte do Complexo Cultural de Ribeirão Preto, formado tam­bém pela Casa da Cultura, pelo Teatro de Arena, pelo Teatro Municipal e pelo Cristo Reden­tor. Todos estão no Morro do São Bento. O funcionamento do Santuário é diário das 7h às 17h.

Santuário foi idealizado por monges beneditinos
O Santuário das Sete Capelas foi idealizado pelos monges beneditinos, cada uma dedicada a um padroeiro. A construção se prolongou por quase dez anos. A primeira capela, de Nossa Senhora das Graças, foi construída em 1948. A de São Judas Tadeu em 1951. As capelas de Nossa Senhora Aparecida e Santa Terezinha foram constru­ídas em 1954. A capela de São Jorge em 1955 e, encerrando o santuário, as capelas de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e da escadaria – a Capela da Penitência.

Cada uma mantém sua indi­vidualidade no que se refere ao conjunto arquitetônico, mas formam um interessan­te conjunto. Dispostas em semicírculo, as capelas são voltadas para o centro.

É importante notar que as capelas foram edificadas em uma escavação de pedreira, ficando assim o santuário guarnecido em todo o seu perímetro por rocha. (Fonte: ribeiraopreto.sp.gov.br)

Quermesse atraí milhares em junho
Uma boa oportunidade para quem ainda não conhece o Santuário das Sete Capelas é a tradicio­nal Quermesse de Festa Junina. Neste ano a festa será realizada de 29 de junho a 1º de julho. “É muito tradicional. São 20 anos de tradição e pra falar a verdade o Santuário fica pequeno. Mas todos estão convidados e serão recebidos com amor”, diz Dom Anselmo.

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