Tribuna Ribeirão
Política

Vereadores aprovam convênio com a Ares

A Câmara de Ribeirão Preto aprovou, na sessão des­ta terça-feira, 5 de junho, em segunda discussão e por 17 votos a oito, a redação final do projeto de lei complementar nº 22/18, que autoriza a prefeitu­ra a celebrar convênio com a Agência Reguladora dos Servi­ços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (Ares-PCJ), que tem sede em Americana.

Na terça-feira da semana passada, dia 29 de maio, na pri­meira votação, o projeto havia sido aprovado por 20 votos a quatro. Jean Corauci (PDT), Adauto Honorato, o “Marmi­ta” (PR), e Otoniel Lima (PRB) mudaram de opinião, de favo­rável para contrário, e Lincoln Fernandes (PDT), que não par­ticipou da sessão, também foi contra. A única abstenção foi de Marcos Papa (Rede), tam­bém ausente semana passada. O presidente Igor Oliveira (MDB) também não votou e todos os demais 17 votaram a favor.

Com a aprovação definitiva, a prefeitura poderá assinar con­vênio com o consórcio da Ares­-PCJ, transferindo para a agên­cia reguladora a fiscalização e a regulação dos serviços prestados pelo Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Da­erp). Na prática, será a agência quem vai definir os valores das tarifas e dos reajustes, de forma a alcançar o que o texto chama de “equilíbrio econômico-finan­ceiro”. O projeto de lei aprovado não estipula nenhum limite ou teto para a definição das tarifas. Antes da votação, os vereado­res debateram por mais de uma hora, muitas vezes prejudicados pelo algazarra feita por cerca de 30 servidores do Daerp, contrá­rios ao projeto.

A proposta atende à emen­da constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, que autorizou “os municípios a promoverem, através de consórcios públi­cos legalmente constituídos, a gestão associada de serviços públicos, bem como a transfe­rência total ou parcial de en­cargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos”. O ponto principal trata da transferên­cia, para a agência reguladora, de poderes para fixar tarifas e definir percentuais de reajuste das contas de água e esgoto.

Matriz tarifária – Além da polêmica em relação ao consór­cio que vai fiscalizar os serviços prestados pelo Daerp, a autar­quia enfrenta críticas por causa da confusa matriz tarifária. O problema surgiu após o Execu­tivo baixar decreto revogando a antiga semanas antes de publicar outro decreto, com a nova. Em tese, no intervalo entre os dois decretos não havia embasamen­to para se cobrar pelo forneci­mento de água.

A falha da prefeitura mo­tivou duas ações populares na Justiça, uma apresentada pelo empresário José Paulo Pereira Alvim e outra pelo vereador Lincoln Fernandes (PDT), que inclusive quer a devolução do dinheiro arrecadado pelo Da­erp referente ao período em que não havia matriz tarifária em vigor. O projeto apresenta­do pelo pedetista que revoga a nova forma de cálculo deverá ser votado nesta quinta-feira (7) – a votação foi suspensa por quatro sessões, e não três como o Tribu­na havia anunciado.

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